O trabalho da Secretaria da Cultura em descentralizar as produções culturais e fortalecer a identidade paranaense foi explicado, na Escola de Governo, desta terça-feira (27). A secretária da Cultura, Vera Mussi (foto), também anunciou que pretende inaugurar, até o final do ano, a Fábrica de Eventos de Morretes, a Biblioteca Mário Lobo, em Paranaguá, o Teatro de Irati e o Memorial da Revolução de 1924, em Catanduvas.
Vera Mussi relatou que foram desenvolvidos programas para atender quem está no interior e no litoral. “Essa visão fortalece as bases culturais não só no âmbito da formação de novos dirigentes da área, mas, também, com a construção de polos culturais permanentes, que são as bibliotecas cidadãs”, afirmou Vera Mussi. “Durante esses anos, nos reunimos sistematicamente com todas as Regionais de Cultura do Paraná e, aos poucos, fomos entendendo quais são as principais demandas culturais de cada região.”
O governador do Paraná, Orlando Pessuti, elogiou o trabalho da secretária e sua equipe e todos os que trabalham pela cultura. “Muitos aspectos da história do Paraná são desconhecidos daqueles que nasceram no Estado. O resgate dessa memória continuará a ser feito pela Secretaria”, disse. Pessuti lembrou o papel da Colônia Cecília, em Palmeira, uma das manifestações do anarquismo no Estado, e de todas as influências étnicas que o Paraná recebeu.
Entre os projetos fortalecidos com o intercâmbio de ideias com o interior, citados por Vera Mussi, estão as Mostras Regionais de Artes Visuais, que premia artistas de cada regiões; o Paraná Caminhos da História e da Arte, que leva o acervo de museus da capital para o interior; e a Rede Estadual de Cinema, que transmite simultaneamente, com fibra ótica, filmes para cine-teatros. Ela também falou sobre as Oficinas de Cultura que também chegam as cidades para oferecer capacitação aos artistas locais.
IDENTIDADE – O carro-chefe da Secretaria é o projeto Biblioteca Cidadã, considerado o mais importante de construção de bibliotecas do Brasil. “Esse reconhecimento foi feito aqui pelo próprio Ministro da Cultura. Com a parceira que temos com as prefeituras, com a Biblioteca Pública do Paraná, e com as secretarias de Assuntos Estratégicos e de Obras Públicas pretendemos entregar cerca de 300 bibliotecas até o fim do ano.”
O fortalecimento da identidade paranaense além dos intercâmbios culturais com países do Mercosul, foi feito um vídeo sobre a Revolta da 1957, em parceria com a 14.ª Regional de Cultura e desenvolvido o projeto Paraná da Gente. “Esse projeto fez um mapeamento cultural do Paraná, com livros que se tornaram referência, com assuntos que vão desde lendas paranaenses até a relação completa de equipamentos culturais do Paraná, passando pela gastronomia e também pelo nome e origem de cada um dos nossos 399 municípios”, explicou Vera Mussi. Ela anunciou para este três livros: um sobre os caminhos e trilhas do Paraná, um sobre as lutas e revoltas que aconteceram no Estado e outro sobre as crenças populares.
O Paraná Espanhol foi lembrado pela secretária, com o projeto “Guaranis e Reduções Jesuíticas nos Séculos XVI e XVII”, que trouxe, durante dois anos, atividades como seminário internacional, exposição artística e concurso de monografias.
ARTES PLÁSTICAS – Dois grandes salões de arte passaram por transformação. “O Salão Paranaense – o mais antigo em atividade no país – tornou-se bienal e continua apontando tendências da arte contemporânea. O Salão de Cerâmica, antes regional e voltado somente à produção popular, se tornou importante evento nacional, com obras nas categorias: artístico, popular e design. Ele também participa da promoção do pioneiro Congresso Nacional de Cerâmica, que tem a parceria da Mineropar, e oferece palestras e oficinas”, descreveu a secretária da Cultura.
Vera Mussi lembrou que a produção cultural paranaense ampliou suas fronteiras em eventos como o Ano do Brasil na França; a Semana do Paraná na Áustria; a mostra de Cultura de Raiz do Codesul Cultural; e a Jornada do Paraná no Paraguai. “Todos esses projetos são ações de intercâmbio cultural que permitem que nossos artistas possam mostrar seu talento e absorver novas experiências”.
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