A Central Única dos Trabalhadores (CUT) comemorou o Dia do Trabalhador com uma festa focada na temática da integração latino-americana. Além de músicas dos países da região, o evento conta com comida e artesanato típicos dessas nações.
Segundo o presidente da CUT em São Paulo, Adir dos Santos, o combate à xenofobia e a outras formas de preconceito é uma bandeira comum aos movimentos sociais do continente. “Temos essa bandeira contra a xenofobia para que nós possamos respeitar as pessoas como seres humanos, tanto aqui quanto na Bolívia e no Peru, ou seja, em todos os países que têm discriminação racial, contra o imigrante, contra a mulher, seja ela qual for”, disse em entrevista à Agência Brasil.
Outra questão compartilhada pelos países da América Latina é a luta pela melhoria das condições de trabalho. “Tem uma coisa comum entre nós que é a qualidade do trabalho. Nós estamos lutando para que se tenha trabalho decente”, destacou Santos.
Apesar do enforque nas questões compartilhadas com as nações vizinhas, para ele, a principal bandeira dos trabalhadores brasileiros neste 1° de Maio ainda é a redução de jornada sem diminuição dos salários. “Sendo ano eleitoral ou não sendo, a redução de jornada precisa acontecer no Brasil por uma questão de justiça social.”
Santos acredita que a proposta de emenda à Constituição (PEC) que prevê a redução da carga de trabalho semanal de 44 para 40 horas ainda não foi aprovada devido à resistência de empresários.
“Existe uma concepção já definida em grande parte dos empresários de que o lucro e a exploração valem mais do que a saúde do trabalhador, a distribuição de renda, o lazer e a educação”, criticou.
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