Em meio a incontáveis denuncias envolvendo Executivos e casas legislativas de todo o Pais em irregularidades, saques aos cofres públicos, rachas de salários, assessores fantasmas e outras dezenas de modalidades de fraudes, o brasileiro comemora hoje o Dia Nacional da Ética.
A data será lembrada em várias cidades por organizações e entidades que combatem a corrupção. E, evidente, mais uma vez esquecida pela maioria dos nossos representantes políticos. Infelizmente, o “conjunto de valores e normas que permeia a conduta humana dentro da vida pratica” está cada vez mais exíguo em nossa sociedade. Para cada corrupto há, no mínimo, um corruptor. Seja no âmbito público ou no privado, na vantagem, do jeitinho brasileiro.
Práticas que parecem se multiplicar nos saguões dos prédios públicos, nos gabinetes, às vezes flagrados por câmeras escondidas capazes de derrubar até governador, como o recente caso do distrito Federal, envolvendo José Roberto Arruda. Isto para citar apenas um fato recente. Há ainda o flagrante de recebimento de dinheiro dentro da Caixa Econômica Federal.
Os corruptos quase comprometeram uma instituição de respeito. O outro ataque à imagem da Caixa foi à absurda violação da conta do indefeso jardineiro Francelino, que ousou depor contra o ex-ministro Palocci. Em meio a tanta falcatrua que invariavelmente recai sobre o cidadão pagador de impostos, o projeto chamado “Ficha Limpa” - que veta candidaturas de já condenados pela Justiça – continua engavetado na Câmara dos Deputados.
A proposta já recebeu o apoio de quase 2 milhões de eleitores, mas se aprovada, a nova lei vai atingir pelo menos um terço de nossos congressistas que ficarão impedidos de pleitear cargos eletivos. Talvez aí o motivo de tanta enrolação: o interesse particular mais uma vez se sobrepondo ao público. Estranho é perceber que os outros dois terço parecem estar adormecidos ou rendidos aos esquemas partidários.
Que os representantes não se esqueçam de que está nas mãos dos eleitores a escolha dos deputados estaduais, dos governadores, dos 513 deputados federais, 54 – dos 81 senadores, e ainda o presidente da República para os próximos quatro anos.
E que os eleitores finalmente acordem para a importância de acompanhar-mos a política e os políticos para que as coisas comecem a mudar.
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