O Cerrado brasileiro recebeu doação de US$ 13 milhões do Banco Mundial para a execução de quatro projetos de preservação e produção sustentável nos estados do Tocantins e de Goiás. Segundo a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, os recursos chegam a US$ 42 milhões, somando a contrapartida da União e dos estados.
Segundo o diretor do Banco Mundial para o país, o senegalês Makhtar Diop, os recursos investidos, do Fundo Global para o Meio Ambiente, não são uma oportunidade apenas para o Brasil, mas também para outras regiões do mundo. Diop assinou ontem (14) o acordo com a ministra do Meio Ambiente e com o governador do Tocantins, Carlos Henrique Gaguim.
“O Cerrado já foi considerado uma parte em que não dava para produzir e hoje é das mais ricas e maiores produtoras de alimentos do Brasil, graças às pesquisas. Então, será uma oportunidade de apresentarmos os resultados desses projetos em outros continentes, principalmente o africano”, comentou Diop.
De acordo com do diretor do Departamento de Conservação da Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, Bráulio Dias, apesar da demora de cinco anos para a efetivação do acordo, o projeto é muito importante para o uso sustentável do segundo maior bioma brasileiro, que tem a maior taxa de desmatamento atualmente.
“O Cerrado tem a biodiversidade mais rica entre os biomas brasileiros, com cerca de 12 mil espécies de plantas nativas, o equivalente a um terço de toda a flora nacional, além de ser fonte de mananciais, ter povos indígenas que dependem do extrativismo e ser uma das grandes fronteiras agrícolas do mundo, responsável por uma série de serviços ambientais”, afirmou Dias.
Agência Brasil
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