Independência ou Morte, do
pintor paraibano Pedro Américo (óleo sobre tela, 1888).
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A Independência do Brasil,
comemorada em 7 de setembro, foi um dos acontecimentos que mudou os rumos de
nossa nação.
Vários eventos desencadearam a
necessidade de ficar independente de Portugal, portanto é importante entender a
história desde o começo:
Transferência da corte
portuguesa para o Brasil, em 27 de novembro de 1807. Gravura de Henri l'Évêque
(1768-1845).
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A Família Real chega ao Brasil
Com a chegada da Família Real
ao Brasil, começa a se delinear uma nova condição econômica, pois, em 1808 com
a abertura dos portos, o Brasil deixava de ser colônia, atendendo assim aos
interesses da elite agrária brasileira. Apesar de ainda ser um momento inicial
da história, esse episódio, que marca a política de D. João VI no Brasil, é
considerada a primeira medida formal em direção à independência.
É claro que os aristocratas
portugueses não gostaram nada dessa situação, pois perdiam cada vez mais espaço
no cenário político, assim, passam a alimentar um movimento de mudanças que
culminou em uma revolução constitucionalista em Portugal.
A Revolução Liberal do Porto
foi outro movimento marcante da época que tinha como objetivo reestruturar a
soberania política portuguesa por meio de uma reforma liberal que limitaria os
poderes do rei e reconduziria o Brasil novamente à condição de colônia.
Decorrente desse movimento os
revolucionários lusitanos formaram uma espécie de Assembleia Nacional que
ganhou o nome de “Cortes” que tem como protagonistas as principais figuras
políticas lusitanas exigindo que o rei Dom João VI retornasse à terra natal
para e legitimasse as transformações políticas em andamento.
Temendo perder sua autoridade
real, D. João saiu do Brasil em 1821 e nomeou seu filho, Dom Pedro I, como
príncipe regente do Brasil.
Durante um tempo, D.Pedro
seguiu ordens da corte portuguesa, mas acabou percebendo que as leis vindas de
Portugal pretendiam transformar o Brasil novamente em uma simples colônia.
Então pouco depois que assumiu,
Dom Pedro I passou a tomar medidas em favor da população e começou a ganhar
prestígio. Suas primeiras medidas foram baixar os impostos e equipar as
autoridades militares nacionais às lusitanas. Inicia-se um dos momentos mais
conturbados desse período, pois essas ações desagradaram muito as Cortes de
Portugal que exigiram que o príncipe retornasse para Portugal e entregasse o
Brasil ao controle de uma junta administrativa formada pelas Cortes. No Brasil,
os defensores da independência iniciaram uma campanha pedindo que o príncipe
regente permanecesse em nossa terra.
Bandeira do Império do Brasil em (1822-1847) |
A pressão portuguesa despertou a elite econômica brasileira para o risco que de um novo domínio e o retorno ao estado de colônia. Assim, os grandes fazendeiros e comerciantes passaram a defender a ascensão política de Dom Pedro I e incentivá-lo a ser líder da independência brasileira.
No final de 1821, quando as
pressões das Cortes atingiram seu auge, os defensores da independência
organizaram um grande abaixo-assinado solicitando a permanência e Dom Pedro no
Brasil.
Neste contexto e atendendo a
demonstração de apoio, no dia 9 de janeiro de 1822, D. Pedro recebeu um
abaixo-assinado pedindo-lhe que ficasse. Ele atendeu ao desejo do povo
declarando: "Como é para o bem de todos e felicidade geral da nação diga
ao povo que fico". Dom Pedro I reafirmou sua permanência no cenário
político brasileiro e atendeu aos interesses dos ricos fazendeiros brasileiros
e esse dia passou a ser conhecido em nossa história como o Dia do Fico.
Dom Pedro I logo teve a
iniciativa de incorporar figuras políticas brasileiras que eram a favor da
independência aos quadros administrativos de seu governo. Ele também decretou
que nenhuma ordem vinda de Portugal poderia ser adotada sem sua autorização
prévia.
Foi justamente essa medida que
tornou sua relação política com as Cortes praticamente insustentável e, em uma
última tentativa, a assembleia lusitana enviou um novo documento para o Brasil
exigindo o retorno do príncipe para Portugal sob a ameaça de invasão militar,
caso a exigência não fosse imediatamente cumprida.
Ao tomar conhecimento do
documento, Dom Pedro I fez uma declaração oficial afirmando assim seu acordo
com os brasileiros. Declarou a independência do país no dia 7 de setembro de
1822, às margens do rio Ipiranga, em São Paulo.
Príncipe Pedro (direita) ordena
o oficial português
Jorge Avilez (esquerda)
retornar a Portugal após sua
rebelião malsucedida. José
Bonifácio (em roupas civis)
pode ser visto ao lado do
príncipe.
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Nos meses seguintes, os
brasileiros venceram facilmente o ataque das tropas portuguesas, com apoio
inglês. Em pouco tempo, vários países da América, que já haviam se libertado do
domínio europeu, apoiaram oficialmente nossa independência.
D.Pedro tornou-se o primeiro
imperador do Brasil, com o título de D.Pedro I.
O Brasil passou a ser uma
monarquia, uma forma de governo em que os poderes são exercidos pelo imperador
ou rei.
CuriosidadeUm dos primeiros a reconhecer o Brasil como uma nação foram os Estados Unidos. O reconhecimento de Portugal só veio em 1825, em troca de uma indenização de 2 milhões de libras.
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