Kogut publicou dois documentos nos últimos dias que o puseram
em confronto direto com o secretário de Estado de Segurança Pública,
Fernando Francischini. Foto: Carlos Bonzelli/ Jornal de Londrina
O coronel César Kogut, que comandou a operação que deixou 213 professores feridos no dia 29 de abril, disse que o secretário de Segurança Pública do Estado, Fernando Francischini, foi o responsável pelo massacre contra os servidores. Kogut pediu a exoneração do comando da Polícia Militar do Paraná nesta quinta-feira (7).
Segundo o ex-comandante, o planejamento e o tamanho da operação, que contou com 1,6 mil policiais, foram determinados por Francischini e pelo subcomandante-geral da PM, coronel Nerino Mariano de Brito.
Governador Beto Richa e Francisco Francischini
“O secretário conhecia e participou de tudo”, disse Kogut. Em entrevista coletiva na segunda-feira (4), Francischini havia responsabilizado a PM pela operação, alegando que a secretaria é encarregada apenas pela parte administrativa do setor de segurança.
Na quarta-feira (6), Kogut e outros 15 coronéis da PM enviaram carta ao governador em que repudiaram as declarações de Francischini. De acordo com Kogut, a coordenação operacional da PM é legalmente do secretário da Segurança.
Por consequência, a responsabilidade pela ação não pode ser somente dos policiais militares. “A responsabilidade pelos atos, certos ou errados, é em conjunto entre a PM e quem esteve na execução do planejamento. Legalmente, a coordenação operacional pertence à Sesp [Secretaria Estadual da Segurança Pública]”, disse o ex-comandante.
Kogut publicou dois documentos nos últimos dias que o puseram
em confronto direto com o secretário de Estado de Segurança Pública,
Fernando Francischini. Foto: Carlos Bonzelli/ Jornal de Londrina
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