Gigante química e farmacêutica alemã terá de vender ativos no valor de 9 bilhões de dólares, incluindo negócios com sementes e herbicidas. Fusão criará maior empresa mundial do setor.
A autoridade antitruste dos Estados Unidos aprovou a aquisição da empresa agroquímica americana Monsanto pela alemã Bayer, afirmou nesta terça-feira (29/05) o Departamento de Justiça dos EUA. Condições, porém, foram impostas à gigante química e farmacêutica alemã para a autorização.
Para obter a aprovação, a Bayer concordou em vender parte de seus negócios. A empresa deve se desafazer de ativos no valor de cerca de 9 bilhões de dólares. Em março, a gigante alemã havia chegado a um acordo semelhante com autoridades europeias, no qual se comprometeu a transferir algumas de suas atividades de agroquímicos à concorrente Basf.
Segundo o diretor da Divisão Antitruste do Departamento de Justiça dos EUA, Makan Delrahim, o acordo de venda de ativos negociado com a Bayer é a maior alienação de bens já exigida pelos Estados Unidos.
Em acordos com autoridades antitruste globais, a Bayer se comprometeu a vender todos os seus negócios de sementes de algodão, canola e soja, suas atividades em agricultura digital, assim como o herbicida Liberty, concorrente do Roundup, da Monsanto.
A Bayer afirmou que está na reta final para fechar a compra da Monsanto. Se a negociação não for concluída até 14 de junho, a empresa americana pode se retirar do acordo de aquisição e buscar novos compradores por um preço maior. O negócio, no valor de 66 bilhões de dólares, deve criar a maior empresa de sementes e pesticidas do mundo.
A Monsanto é a maior fornecedora mundial de sementes, com a maior parte das suas vendas nos EUA e na América Latina, sendo também fabricante do glifosato, o herbicida mais utilizado no mundo. A Bayer, por sua vez, é o segundo fornecedor mundial de pesticidas, desenvolvendo a maioria das suas atividades na Europa.
A Bayer já conseguiu a aprovação de jurisdições fundamentais, incluindo a União Europeia, Estados Unidos, Brasil e Rússia. Para concluir a negociação, a empresa espera ainda a autorização de autoridades do Canadá e México.
CN/rtr/dpa
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