Ao mesmo tempo, grande parte dos lulistas se mostra sem opção num pleito sem o ex-presidente, mesmo com outros representantes do partido na disputa. Se for candidato, Lula conta com apoio de 30% do eleitorado.
Se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso há dois meses, ficar de fora da corrida presidencial deste ano, 30% dos eleitores afirmam que votariam com certeza num candidato indicado pelo petista, segundo pesquisa do instituto Datafolha divulgada neste domingo (10/06). Outros 17% disseram que talvez escolhessem o apadrinhado pelo ex-presidente.
Ao mesmo tempo, 51% afirmaram que não votariam de maneira alguma num nome indicado por Lula. A rejeição é maior, no entanto, no caso de um candidato apoiado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (65%), e chega a 92% para um indicado por Michel Temer.
Nos cenários sem Lula, apesar de muitos indicarem que votariam num candidato apoiado pelo petista, grande parte dos eleitores do ex-presidente se mostra sem opção mesmo com outros nomes do PT na corrida.
Com Fernando Haddad (PT) na disputa, 45% dos lulistas dizem que votariam em branco ou nulo ou não sabem em quem votariam. A situação é semelhante (44%) no caso do outro candidato do partido cotado para substituir Lula, Jaques Wagner.
Sem um petista no pleito, Marina Silva (Rede) é a favorita dos lulistas, com 18%, seguida de Ciro Gomes (PDT), com 15%. Dos eleitores em geral, partidários do ex-presidente ou não, 32% disseram que Lula deveria apoiar a candidatura de Ciro.
Apesar de Lula teoricamente não poder participar da disputa eleitoral deste ano – já que a Lei da Ficha limpa impede políticos condenados de se candidatar –, o PT insiste que registrará a candidatura do ex-presidente. A decisão final caberá, então, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Se a presença de Lula se concretizasse, 30% dos eleitores em geral afirmaram que votariam no petista. Jair Bolsonaro (PSL) aparece em segundo lugar, com 17%, e Marina, em terceiro, com 10%. Ciro obteve 6%, empatado com Geraldo Alckmin (PSDB). Álvaro Dias (Podemos) ficou com 4%.
Caso Haddad fosse o candidato do PT, ele aparece somente com 1% das intenções de voto dos eleitores em geral. Bolsonaro obteve 19%, seguido de Marina, com 15%.
Numa simulação com Jaques Wagner na corrida, o resultado é semelhante ao obtido no caso da disputa com a presença de Haddad: o petista obteve 1% das intenções de voto, Bolsonaro, 19%, e Marina, 14%.
No caso de uma eleição sem o PT na disputa, Bolsonaro também aparece na liderança, com 19%, seguido de Marina, com 15%.
Num segundo turno, Marina é a que tem melhores chances contra Bolsonaro, segundo os cenários simulados pelo Datafolha.
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