“Não-violência não quer dizer renúncia a toda forma de luta contra o mal. Pelo contrário. A não-violência é uma luta ainda mais ativa e real que a própria lei do talião - mas em plano moral”. Gandhi
Do lado da Paz
Nesta quarta-feira (25) se comemora a passagem do Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra a Mulher. Uma campanha da Organização das Nações Unidas (ONU) em defesa dos direitos e do respeito à mulher. Desde o dia 20 estamos vivendo também a campanha “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher”, que foi idealizada em 1991 pelo Centro Global para a Liderança da Mulher e está presente em 135 países. Agora, o mais importante, é que igualdade e o respeito entre homens e mulheres comecem dentro de nossas casas. É aqui onde devemos plantar a paz. Pois é aqui onde a maioria dos atos de violência contra a mulher, sejam eles físicos, sexuais ou psicológicos, ocorre. Infelizmente é dentro de casa que temos a maioria dos agressores. Nossa meta é construir a paz em todos os ambientes, para isso, devemos começar pelo doméstico.
O Brasil marcou sua história pela existência de uma sociedade escravocrata fundada no tráfico e exploração da mão de obra de negros e negras trazidos da África. Logo, a dívida de todos nós para com os afrodescentes é enorme. Por isso, no último dia 20 de novembro, mais do que lembrarmos a morte de Zumbi dos Palmares (20/11/1695), devemos reconhecer a importância da contribuição de negros e negras para a construção de nossa sociedade. Assumirmos esta dívida e realizarmos em nosso cotidiano ações, mesmo que pequenas, mas que deixem no passado a discriminação e o preconceito. Que nosso País cada vez mais desenvolva ações afirmativas para pagar esta dívida e que vivamos em uma sociedade onde o racismo deixe efetivamente de existir, inclusive em suas formas mais veladas.
A realização da Conferência do Clima que acontece em Copenhague, no mês de dezembro, tem por objetivo firmar compromisso de vários países com o controle das emissões de gases causadores do efeito estufa na atmosfera. Ela também é uma boa oportunidade para que cada um de nós tenhamos consciência de nossa responsabilidade pela emissão de poluentes: andando de carro, utilizando geladeiras, sprays, gastando energia elétrica dentre outros muitos hábitos e recursos que usamos no cotidiano. Segundo uma pesquisa da Rede-Clima, ligada ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), cada brasileiro, em média, é responsável pela emissão de 10 toneladas de gás carbônico por ano. O que preocupa mais ainda é que esse número é duas vezes maior que a média mundial. A meta é que, em média, sejam emitidos somente 1,2 tonelada por ano até 2050. Isso para que a temperatura do Planeta não aumente 2 °C, conforme as previsões mais otimistas. Para isso é importante revermos nossos hábitos. A responsabilidade dos países também começa pela responsabilidade das pessoas.
Gleisi Hoffmann é advogada e presidente do PT Paraná. Contatos: presidente@pt-pr.org.br. Conheça o site: www.gleisi.com.br
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