Mais de 52 mil pessoas estão fora de casa por causa das tempestades.
Defesa Civil continua em estado de atenção no Rio.
O Corpo de Bombeiros informou que chega a 223 o número de mortos no estado do Rio por causa da chuva.
Apenas em Niterói, na Região Metropolitana, são 140 vítimas fatais, 31 mortos no Morro do Bumba. No município do Rio, são 63 vítimas fatais, 28 delas no Morro dos Prazeres.
Em São Gonçalo, também na Região Metropolitana, são 16 mortos. Também foram registradas vítimas fatais em Magé, Nilópolis, Paracambi e Petrópolis.
Mais de 52 mil sem casa
A pior chuva dos últimos 44 anos no Rio já deixou 40.482 desalojados em todo o estado, segundo a Defesa Civil. De acordo com boletim divulgado na manhã deste sábado (10), outras 11.562 pessoas estão desabrigadas. O órgão continua em estado de atenção, com previsão de chuvas leves e moderadas durante o dia e a noite deste sábado.
Ainda segundo o boletim da Defesa Civil, Niterói possui 1.069 desalojados e 1.272 desabrigados. Na capital, são 1.410 desalojados e 544 desabrigados. O número de desalojados e desabrigados no município de São Gonçalo, na Região Metropolitana, chega a 36.450 e 8.718, respectivamente.
Veja a cobertura completa das chuvas no Rio
Outros municípios que registraram desalojados e desabrigados foram: Mangaratiba, Rio Bonito, Itaboraí, Guapimirim, Araruama, Seropédica, Petrópolis, Maricá, Tanguá, São Pedro da Aldeia, Saquarema, Magé, Iguaba Grande, Queimados e Cachoeiras de Macacu.
Outros municípios que registraram desalojados e desabrigados foram: Mangaratiba, Rio Bonito, Itaboraí, Guapimirim, Araruama, Seropédica, Petrópolis, Maricá, Tanguá, São Pedro da Aldeia, Saquarema, Magé, Iguaba Grande, Queimados e Cachoeiras de Macacu.
O sábado começou com sol em grande parte do estado, mas ainda há muitas nuvens por causa dos ventos úmidos que chegam do mar. Mesmo com tempo bom, a previsão para esta tarde é de pancadas de chuva principalmente na Região Serrana. Nas demais regiões do estado, a previsão é de muita nebulosidade e possibilidade de chuva.
Tragédia em Niterói
Uma vítima do deslizamento no Morro do Bumba, resgatada ainda na terça-feira (6) no local, morreu neste sábado (10) no hospital Azevedo Lima. A Defesa Civil confirmou a informação. As equipes de resgate seguem no trabalho de buscas corpos ou sobreviventes.
Bombeiros que fazem os resgates de corpos em Niterói informaram que foi encontrado mais um corpo sob a terra que deslizou. As equipes de resgate encontraram durante a madrugada deste sábado (10) mais dois corpos no Morro do Bumba, em Niterói, Região Metropolitana do Rio.
Ajuda do governo federal
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, anunciou na sexta-feira (9) a liberação de uma linha de crédito para prefeituras que decretaram situação de emergência e estado de calamidade pública. Segundo Lupi, o crédito pode chegar a R$ 1 bilhão, com juros de 3%, pelo programa Pró-Moradia Emergencial, com um prazo de financiamento de até 30 anos.
De acordo com o ministro, as prefeituras do Rio, de Niterói e de São Gonçalo, na Região Metropolitana, estão aptas a receber o dinheiro, contanto que apresentem projetos de construção de casas.
Saque do FGTS
O ministro também afirmou que o saque do FGTS para quem foi atingido pela chuva pode ser sacado já na segunda-feira (12). Lupi disse que há um limite de R$ 4,6 mil para o saque.
Lupi informou que, na tragédia em Santa Catarina, 95% dos atingidos sacaram o dinheiro.
O ministro estava acompanhado do prefeito do Rio Eduardo Paes, que reafirmou que a prefeitura vai retirar famílias de áreas de risco.
Paes disse que os R$ 90 milhões que o governo federal disponibilizou ainda não estão em uso, mas que as obras emergenciais, onde o dinheiro será empregado, já estão sendo feitas. Ele deu como exemplo a desobstrução da Estrada da Grota Funda.
Saque do FGTS
O ministro também afirmou que o saque do FGTS para quem foi atingido pela chuva pode ser sacado já na segunda-feira (12). Lupi disse que há um limite de R$ 4,6 mil para o saque.
Lupi informou que, na tragédia em Santa Catarina, 95% dos atingidos sacaram o dinheiro.
O ministro estava acompanhado do prefeito do Rio Eduardo Paes, que reafirmou que a prefeitura vai retirar famílias de áreas de risco.
Paes disse que os R$ 90 milhões que o governo federal disponibilizou ainda não estão em uso, mas que as obras emergenciais, onde o dinheiro será empregado, já estão sendo feitas. Ele deu como exemplo a desobstrução da Estrada da Grota Funda.
Doações
A Guarda Municipal já arrecadou 15 toneladas de doações (Foto: Divulgação/Guarda Municipal)
Os moradores do Rio e de Niterói atenderam aos pedidos por donativos para os desabrigados e desalojados pelas enchentes e deslizamento ocorridos nesta semana. Ao todo, foram doadas até agora cerca de 48 toneladas de alimentos, água potável, produtos de higiene, fraldas, cobertores e roupas.
Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS) do Rio de Janeiro informou que já foram arrecadadas 20 toneladas de doações para as vítimas das enchentes e deslizamentos nos postos de recolhimento.
Saiba onde fazer sua doação
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Um dos coordenadores dos resgates após o deslizamento que atingiu dezenas de casas no Morro do Bumba, no bairro Cubango, em Niterói, diz que a tragédia o afetou diretamente. O coronel Alves Souza cresceu a cerca de dois quilômetros do local.
"Eu sou nascido e criado na rua São José, que fica a dois quilômetros do Bumba. Muita gente que morreu lá eu conhecia. E no lixão, eu conhecia gente que morreu. Isso é muito ruim, não que possam morrer pessoas desconhecidas. Mas é difícil porque me ligam muito, perguntam o que posso fazer, mas não tenho fórmula mágica", disse ao G1 o coronel.
"Eu sou nascido e criado na rua São José, que fica a dois quilômetros do Bumba. Muita gente que morreu lá eu conhecia. E no lixão, eu conhecia gente que morreu. Isso é muito ruim, não que possam morrer pessoas desconhecidas. Mas é difícil porque me ligam muito, perguntam o que posso fazer, mas não tenho fórmula mágica", disse ao G1 o coronel.
Morro do Céu, Niterói
Os moradores do Morro do Céu, também em Niterói, consideram a região uma 'bomba-relógio' e acreditam que, se a chuva continuar, uma tragédia pode acontecer no local com mais gravidade do que o último deslizamento. Parte da preocupação deles é com o lixão que funciona no local e a presença de gases e chorume que escorre pelo terreno.
"O Morro do Céu é uma bomba-relógio que pode explodir a qualquer momento. Aquele lixão vai provocar uma tragédia igual a do Morro do Bumba. Isso porque o aterro de lá estava desativado e, este aqui, está em pleno funcionamento", disse Marino Gonçalves de Medeiros, 59 anos.
"O Morro do Céu é uma bomba-relógio que pode explodir a qualquer momento. Aquele lixão vai provocar uma tragédia igual a do Morro do Bumba. Isso porque o aterro de lá estava desativado e, este aqui, está em pleno funcionamento", disse Marino Gonçalves de Medeiros, 59 anos.
Ate quando vamos ver o descaso de nossos governantes em relação à este povo que é desprovido de uma infra-estrutura básica. Cuidar de nosso povo e um dever do governo, garantir a sobrevivência, isto é políticas publica para as calamidades deveriam estar sendo praticada a muito tempo. E agora Brasil? Vamos continuar com este governo que gasta bilhões com sua folha de pagamento para lhe dar sustentação política, enquanto nosso maior bem que é nosso povo fica a mercê das tragédias e calamidades. O Rio já sofre com a violência sem medida, Agora esta gente fica sem casa, e o governo vai fazer marketing ou vai realmente resolver o problema. Rio de Janeiro vamos cobrar do governo Federal, estadual e municipal. E agora Brasil?
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