Inovar em negócios e serviços e não apenas em tecnologia é fundamental para o sucesso, defendem pesquisadores e empresários na Anpei 2010
Combater restrições sistêmica como baixa escolaridade, juros altos, encargos e tributos elevados, real apreciado, infraestrutura deficiente e excesso de burocracia são fundamentais para garantir um ambiente mais adequado à inovação no Brasil e para que as empresas possam ousar mais e investir em pesquisa e desenvolvimento.
A opinião é do diretor científico da FAPESP, Carlos Henrique de Brito Cruz, que falou nesta quarta-feira (27) na 10ª Conferência de Cooperação para a Inovação Sustentável – Anpei 2010. “Para o protagismo das empresas é preciso aumentar a ousadia para assim diminuir as restrições e prosperar”, destacou Cruz. Para ele, as restrições limitam a exposição internacional e desestimulam o empresário a intensificar seu investimento em pesquisa.
O professor do Instituto de Economia da Unicamp, Carlos Américo Pacheco, também participou do evento e falou sobre “A Agenda da Inovação Brasileira”. De acordo com o professor, o mais importante é verificar se a agenda de inovação consegue alavancar a competitividade da empresa, pois o que mede o sucesso da inovação de uma empresa é o próprio sucesso da empresa.
“A agenda de apoio à inovação vai ter que ser maior que a agenda de apoio à Pesquisa & Desenvolvimento, pois a inovação não deve ser entendida como apenas inovação tecnológica e sim em negócios e serviços também”, frisou.
O cofundador da Bematech e vice-presidente da Fiep, Wolney Betiol, reforçou que um dos principais empecilhos da inovação nas empresas é a alta carga tributária. “Se partimos do pressuposto que uma empresa que investe 7% do faturamento em P&D tem o mesmo ambiente tributário que uma empresa que não investe nada, então isso com certeza desestimulam o empresário a investir”.
Betiol instigou a plateia: “Será que não temos como criar um mecanismo que diminua os tributos para quem investe em pesquisa, ou que protele esse pagamento? Ou então, que estimule as empresas a contratarem pesquisadores de universidades via bolsa de estudos?”, indagou.
Contribuições- Após as explanações, os participantes se dividiram em grupos para discussão da questão-chave “O que é necessário para que o setor privado seja definitivamente o protagonista do desenvolvimento sustentável (econômico,social e ambiental) no Brasil através da inovação?”.
As contribuições foram compiladas por um comitê da Anpei e já está disponível no sitewww.rededeinovacao.org.br. “O material será consolidado para ser apresentado na IV Conferencia Nacional de Ciência, Tecnologia & Inovação a se realizar de 26 a 28 de maio, em Brasília”, informou o diretor do Centro Internacional de Inovação (C2i), do Sistema Fiep, Ronald Dauscha. Segundo ele,essa sessão conjunta é muito importante para melhorar o processo de inovação nas empresas e contribuir com o Movimento Empresarial pela Inovação (MEI), de coordenação da CNI, para realmente tornar a empresa protagonista do desenvolvimento do país.
Comunicação SocialSistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná - FIEP
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