Anúncio foi feito por Jean-Claude Juncker, dirigente da União Europeia.
Valores somariam até 30 bilhões de euros.
Foto: Jean-Claude Juncker
Os 16 países da Zona do Euro estabeleceram, neste domingo (11), os termos de ajuda financeira à Grécia por meio de empréstimos bilaterais, que somariam até 30 bilhões de euros, anunciou Jean-Claude Juncker, dirigente da União Europeia. O empréstimo será concedido se o país o solicitar.
Outra parte da ajuda, ainda não detalhada, será apresentada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Mas sabe-se que o tamanho da contribuição do FMI seria superior à quantidade da zona do euro. Os países da zona do euro pagariam em proporção à sua participação no capital do Banco Central europeu. As conversas sobre a coordenação com o FMI devem ter início na segunda-feira (12).
O preço dos empréstimos bilaterais europeus será fixado conforme as regras usadas pelo FMI e deverá ser de cerca de 5% de juros no primeiro ano, segundo o comissário europeu de Assuntos Econômicos e Monetários, Olli Rehn.
A Grécia passa por uma crise financeira que preocupa os mercados. O acordo era aguardado com urgência porque o país deve leiloar débitos de curto prazo na terça-feira (13). Na semana passada, investidores elevaram os custos de empréstimos gregos por conta dos temores de um possível calote e dúvidas sobre a rede de segurança da União Europeia.
Em uma entrevista ao jornal To Vilme, o primeiro-ministro grego, George Papandreou, deixou claro que detalhar o plano de resgate era um último e desesperado esforço para deter a especulação contra seu país. "Permanece a dúvida sobre se esse mecanismo irá convencer os mercados. Se não os convencer, é um mecanismo que está ali para ser usado", disse ele neste domingo.
A agência internacional de classificação financeira Fitch já havia reduzido a nota da dívida a longo prazo da Grécia de "BBB+" a "BBB-", em função do aumento do déficit orçamentário enfrentado pelo governo do país. As outras duas grandes agências de classificação de risco, Moody's e Standard and Poor's, também rebaixaram a nota da dívida da Grécia de "A1" a "A2" e de "A-" a "BBB+".
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