A pré-candidata ao Senado, Gleisi Hoffmann, acompanhou a apresentação do Plano de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas, realizada nesta sexta-feira, na Câmara de Vereadores de Curitiba. O evento reuniu autoridades locais, representantes de entidades e lideranças religiosas que atuam na recuperação de dependentes.
Durante o encontro, o secretário executivo do Pronasci, Ronaldo Teixeira, expôs os principais pontos desta nova empreitada brasileira na área de Segurança Pública. “O plano de enfrentamento é um projeto que nasceu no sentido de integrar ações que já vinham sendo desenvolvidas antes. Isso com algumas inovações. Há aí a combinação de duas posições: a prevenção e a repressão qualificada e inteligente”, explicou o secretário. O pacote de medidas foi instituído em decreto no dia 20 de maio pelo presidente Lula.
Para Gleisi Hoffmann, o Governo Federal está dando um passo importante quando se dispõe a apoiar e ampliar o trabalho que já é realizado pelas entidades. “Hoje é o início de uma caminhada de articulação de toda sociedade. Precisamos promover uma grande discussão com todos os segmentos e fortalecer o trabalho das entidades que já atuam no combate às drogas, formando uma forte rede em parceria com a sociedade civil”, defendeu Gleisi. Neste contexto, ela ressaltou o trabalho desenvolvido pelas igrejas Católicas e Evangélicas na recuperação de dependentes. “Para fazer frente ao problema precisamos de uma política de saúde eficiente, porém, o tratamento emocional e espiritual é fundamental, pois somente assim conseguiremos resgatar o ser humano como um todo”, completou.“Trata-se de um grave problema de saúde pública que deve ser combatido por toda sociedade, unindo medidas de segurança policial, educativas e sociais”, propôs.
A palavra prevenção é um dos pilares do Programa de Segurança Pública com Cidadania, o Pronasci, com isso o novo plano vai fazer parte dos vinte Territórios de Paz já espalhados pelo país e também dos que ainda estão previstos para este ano, incluindo o da cidade de São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, que será apresentado num ato simbólico, no próximo dia 17.
Enfrentamento em números
O Governo Federal já liberou R$ 410 milhões ainda para este ano. Pensando no crack como um problema que atinge tanto a Segurança Pública quanto a Saúde, os investimentos serão divididos entre ações de ampliação e fortalecimento da rede de tratamento de usuários de droga, boas práticas sociais envolvendo principalmente jovens e iniciativas de controle de fronteiras e combate ao narcotráfico. O plano prevê o mapeamento dos municípios, cadastramento das comunidades terapêuticas, mobilização dos poderes constituídos, medidas de prevenção, ações de orientação, entre outras.
Somente em Curitiba, existem 54 comunidades terapêuticas, que prestam atendimento a mais de 1.500 pacientes, dos quais 90% são usuários de crack. Uma grande parte está na faixa etária entre 12 e 14 anos. O índice de recuperação dos pacientes varia de 25% a 30%. A droga causa dependência de forma muito rápida, deixando o usuário mais vulnerável a diversas situações de risco, como exposição a relações sexuais desprotegidas; envolvimento com atos infracionais, violência e comprometimento das relações familiares e sociais.
Assessoria de Impensa
Fotos: Elias Dias
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