(Reuters) - Eles cuidarão nos próximos meses da área mais sensível de uma eleição: as finanças da campanha. Por eles, passarão os doadores, as doações e o destino do dinheiro que bancará a corrida ao Planalto.
Veja, a seguir, quem integra o comitê financeiro das campanhas dos candidatos José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT):
COMITÊ TUCANO
--José Gregori, presidente do Comitê Financeiro de Serra. É responsável legal pelo dinheiro que entra e sai da campanha. Ex-ministro da Justiça no governo Fernando Henrique Cardoso, cuidou de outras campanhas de Serra em São Paulo.
Secretário Especial de Direitos Humanos da Prefeitura de São Paulo, Gregori também terá o papel de buscar doações.
-- Luis Sobral, tesoureiro da campanha Serra. Controla as doações e recibos eleitorais, mas não cuidará de arrecadação. Sobral fará toda a execução financeira da campanha, atestando e fornecendo recibos por prestação de serviços. Filiado ao PSDB há 12 anos, assume a função pela primeira vez.
-- Outros tucanos, com bom trânsito junto à iniciativa privada, devem atuar na arredação, entre eles Márcio Fortes (candidato a vice na chapa de Fernando Gabeira ao governo do Rio) e Eduardo Jorge (vice-presidente executivo do PSDB).
COMITÊ PETISTA
-- O presidente do comitê financeiro é o presidente do próprio partido, José Eduardo Dutra. O secretário-geral do PT, José Eduardo Cardozo, é o advogado responsável.
-- O tesoureiro é José de Fillipi Junior, ex-prefeito de Diadema pelo partido, obrigado pela Justiça de São Paulo a devolver aos cofres públicos valores pagos a um escritório de advogacia contratado sem licitação. Fillipi foi tesoureiro da campanha de Lula em 2006. Na última terça-feira, o Tribunal de Contas de São Paulo rejeitou as contas de 2008 da prefeitura. O tesoureiro não foi localizado para comentar.
-- O ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci é o principal arrecadador da campanha. Além dele, buscam doações o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, e o próprio tesoureiro da campanha. Vaccari havia sido cogitado para ser também o tesoureiro da campanha quando o Ministério Público de São Paulo o acusou de desviar recursos da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop) para um suposto caixa dois da legenda, denúncia que ele, o partido e a Bancoop negam.
(Reportagem de Natuza Nery)
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