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Sem gestão definida, estações de trem estão em ruínas

JBPress julho 26, 2010 0

Construída em 1935, a estação de Jacarezinho foi passagem de boa parte do
ciclo do café, na primeira metade do século 20. Virou abrigo para drogados e prostitutas

Com um século de história, as estações de trem, em cujas plataformas passaram o desenvolvimento do país, hoje estão condenadas à ação do tempo e à falta de consciência dos vândalos. Desde a extinção da Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA), todo o patrimônio foi dividido entre três órgãos federais, municípios e a iniciativa privada. As 5 mil estações de trem que restaram do período áureo das ferrovias brasileiras têm, em tese, cinco donos, o que é um motivo a mais para a burocracia quando se pretende recuperar uma edificação e dar a ela uma destinação turística ou cultural.

A RFFSA foi criada em 1957, mas não suportou a falta de investimento e a concorrência com as rodovias, entrando em crise na década de 80. “Ela estava inadimplente e desesperada por falta de dinheiro. As ferrovias estavam sucateadas e os funcionários haviam criado um passivo muito grande em dívidas trabalhistas. A solução foi privatizar”, comenta o professor de transportes do curso de engenharia civil da Univer­sidade Federal do Paraná (UFPR), Camilo Borges Neto.

Com a inclusão da estatal no programa de privatização, abriu-se caminho para a iniciativa privada. O Banco Nacional de Desen­volvimento Econômico e Social (BNDES) assumiu a gestão da liquidação da Rede. Neto lembra que foi preciso lançar três editais de concorrência para enfim dar destinação ao patrimônio do modal ferroviário. “O contrato de concessão teve uma grande falha porque não previu a manutenção dos bens de interesse histórico”, acrescenta o engenheiro e ex-chefe da Rede no Paraná e em Santa Catarina, Paulo Sidnei Carreiro Ferraz.

O bolo da extinta RFFSA rendeu diversas fatias. Os bens operacionais estão com o Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit), ao qual as concessionárias estão subordinadas; os bens não operacionais ficaram com a Secretaria de Patrimônio da União (SPU) do Ministério do Planejamento e o acervo histórico foi para o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), do Ministério da Cultura. Todos os órgãos federais ainda estão fazendo o inventário dos bens da Rede. Só o Iphan possui sete mil itens já levantados em todo o país. A malha sul da América Latina Logística (ALL) recebeu 116 mil itens, entre imóveis e objetos, avaliados em R$ 4 bilhões, conforme lembra o engenheiro Ferraz.
Não há um levantamento oficial sobre as edificações, mas o químico apaixonado por trens Ralph Giesbrecht, de São Paulo, é autor do site www.estacoesferroviarias.com.br e estima que das 5 mil estações do país, pelo menos 230 estão no Paraná. Le­­vantamento feito pela ALL a pedido da Gazeta do Povo mostra que há 43 antigas estações sob a responsabilidade da empresa. Boa parte dos imóveis que estavam no contrato de concessão foi devolvida à União e outros pertencem à SPU.

A coordenadora de patrimônio da empresa, Fabiula Carazzai, diz que algumas estações estão sendo restauradas através do Instituto ALL. É o caso da estação Marumbi, no litoral, que será reinaugurada no próximo dia 30. Outras, porém, estão abandonadas. Um exemplo é a estação Mesquita de Freitas, em Joaquim Murtinho, distrito de Piraí do Sul. Do prédio construído em 1905 só restaram as paredes e, ainda assim, pichadas. Segundo a ALL, há projeto de restauração desse imóvel.
Maria Gizele da Silva
Tags: Brasil
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João de Bourbon é Jornalista, Publicitário e Consultor Político. 
Coordenou e participou de diversas campanhas eleitorais, presta consultoria em Marketing Político e é membro da IAPC – International Association of Political Consultants, associação que congrega os melhores profissionais de Marketing Político do mundo.

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