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Desistam dos Estados Unidos

JBPress setembro 06, 2010 2


Luis Freddy Lala Pomavilla
A narrativa do equatoriano Luis Freddy Lala Pomavilla (foto), um dos dois sobreviventes do massacre de Tamaulipas, no México, impressiona pela crueldade e sangue frio dos assassinos. Entretanto, mais grave do que a chacina, o que transparece é a ineficiência e/ou incompetência da política de segurança do governo mexicano em lidar com o problema.  Estima-se em 28 mil o número de mortos na guerra do narcotráfico desde a posse do presidente  Felipe Calderon, em 2007.

No vídeo gravado a bordo do avião que o levava de volta a seu país, e divulgado fartamente pela rede de TV estatal do Equador,   Pomavilla adverte seus  compatriotas para que não tentem chegar aos Estados Unidos através da fronteira mexicana porque os narcotraficantes não deixam, matam.

Em seu depoimento, o equatoriano conta que para chegar à fronteira dos EUA ele fez um longo caminho que passou por Honduras, Guatemala até chegar ao norte do México.  No sábado a noite, continua o equatoriano, o grupo foi cercado por três carros dos quais saíram oito homens bem armados que os colocaram em outros veículos.  Daí foram levados para uma casa onde foram amarrados em grupos de quatro pessoas com as mãos para trás e deitados de barriga para baixo.

Daí em diante começa o fuzilamento que terminou com a morte de 72 migrantes, inclusive dois brasileiros. Pomavilla recebeu uma bala na nuca que saiu pela boca e milagrosamente escapou.  Ele se fingiu de morto e só se levantou quando percebeu que os homens tinham ido embora. Mesmo ferido, caminhou durante toda noite até encontrar os militares mexicanos que o levaram a um hospital. Na fuga encontrou o hondurenho que também tinha escapado e não estava ferido.

Perguntado pela razões da matança, ele contou que os homens não pediram nada, apenas perguntaram "querem trabalhar conosco?"  Como ninguém aceitasse, eles nada disseram, simplesmente começaram o massacre.

Fora a dor da tragédia fica no ar as perguntas. O que leva a essa constante migração latino-americana?  Será que essa gente deixaria seus países se lhe tivessem dado oportunidades de estudar e se preparar para conquistar um lugar ao sol no mercado de trabalho? Se soubessem que seus filhos teriam escola pública de graça, atendimento hospitalar de urgência e, de um modo geral, segurança de poder ir e vir?  Mesmo ilegais, os clandestinos têm direito a isso tudo, tanto quanto os americanos.

E aí está o nó da questão. Os anti-imigrantes norte-americanos descobriram que estão pagando pelo parto das mulheres e pela escola dos filhos dos indocumentados.  O sentimento contra os imigrantes cresceu nestes últimos dois anos e envolveu o governo Obama. O presidente é acusado pelos dois lados. Pelos imigrantes de não ter cumprido a promessa de uma reforma migratória logo no primeiro ano de governo e pelos anti-imigrantes de ser frouxo no combate à imigração ilegal.

Uma reforma profunda, que passe pela legalização dos aproximados 12 milhões de indocumentados, poderia ser a solução, com a entrada dessa imensa mão de obra no mercado de trabalho e o consequente crescimento da arrecadação. Mas de difícil aceitação pela opinião pública e pelo Congresso.

Jan Brewer


Enquanto não se descobre uma solução, eis que surge a governadora do Arizona, a republicana Jan Brewer (foto), e, em aberto desafio ao governo central, cria uma lei de imigração para seu Estado tornando crime a imigração ilegal e dando poderes à policia de prender qualquer pessoa que não tenha documentos de residência. Uma lei com fortes conotações racistas, que felizmente foi bloqueada na Justiça pelo governo federal, em seus artigos mais polêmicos.

Não sei se praga de imigrante pega, mas o fato é que esta semana a governadora Jan Brewer,  candidata à reeleição participou de seu primeiro debate público na TV na disputa com o democrata Terry Goddard.   E logo na fala de apresentação, Brewer deu o maior vexame. Sofreu uma pane mental e não conseguiu completar o raciocínio.  Nervosa, só lhe restou sorrir e encerrar a fala atabalhoadamente antes que a coisa piorasse.

Depois do vexame, ela disse que foram os piores 16 segundos de sua vida, mas que "errar é humano" e que não participa mais de debate público.   Os imigrantes indocumentados estão vibrando e certamente dizendo “bem feito”. 

( Veja o vídeo )

 Informações  de:

Eliakim Araujo - Site Direto da Redação
Ancorou o primeiro canal de notícias em língua portuguesa, a CBS Brasil. Foi âncora dos jornais da Globo, Manchete e do SBT e na Rádio JB foi Coordenador e titular de "O Jornal do Brasil Informa". Mora em Pembroke Pines, perto de Miami, de onde apresenta o programa "Câmera Record News", para o canal de notícias Record News. Em parceria com Leila Cordeiro, possui uma produtora de vídeos jornalísticos e institucionais.
Tags: Opinião
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2 comentários :

  1. Isha Shiri7 de setembro de 2010 às 13:41:00 BRT

    Olá! Fiquei feliz com sua visita ao meu Blog sobre instituições de caridade e costumes judaicos. Obrigada.

    Desejo para você e toda a comunidade da cidade de Ibaiti muita paz e sucesso e que D'us renove a prosperidade neste ano vindouro (5.771 do calendário Hebreu).

    Com carinho,
    Adelle

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      Responder
  2. JBPress21 de setembro de 2010 às 18:49:00 BRT

    Obrigado Adelle pela participação! Que Deus renove a prosperidade de toda humanidade!
    João Bourbon.

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Obrigado pela participação.

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AUTOR


João de Bourbon é Jornalista, Publicitário e Consultor Político. 
Coordenou e participou de diversas campanhas eleitorais, presta consultoria em Marketing Político e é membro da IAPC – International Association of Political Consultants, associação que congrega os melhores profissionais de Marketing Político do mundo.

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