Pela sexta vez seguida, desde o fim do regime militar, o Brasil vai neste domingo, 3, às urnas escolher um presidente - e com ele 27 governadores, uma nova Câmara, dois terços do Senado e 27 novas assembleias estaduais. São 135,8 milhões de eleitores que, entre 8 e 17 horas, decidirão em 5.565 cidades o futuro do País e de uma multidão de 22.555 candidatos.
Segundo pesquisa Ibope/Estado/TV Globo divulgada neste sábado, 2, não está definido se haverá ou não segundo turno: a candidata do PT, Dilma Rousseff tem 51% dos votos válidos - com a margem de erro pode ter entre 49% e 53% -, José Serra, 31%, e Marina Silva, 17%.
Os eleitores vão às urnas ao fim de três meses de uma campanha morna, despolitizada, sem programas e sem emoção - a não ser os atropelos da Justiça, que adiou a decisão sobre candidaturas "ficha suja" e só na última hora disse como o cidadão se identificará nas seções eleitorais.
Na mais crucial das escolhas, a de quem sucederá os oito anos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, convivem o clima de "quase certeza" da vitória de sua candidata, Dilma Rousseff (PT), e a esperança de seus rivais diretos, José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV), de que ela não mantenha a pequena maioria apontada nas pesquisas e a decisão vá para um segundo turno.
Não é muito diferente a situação no maior colégio do País, o de São Paulo, onde 30,3 milhões de votantes - 22% do total - decidirão se o tucano Geraldo Alckmin leva no primeiro turno, apesar do crescimento, nos últimos dias, do petista Aloizio Mercadante.
Um dos pontos marcantes da campanha foi que nunca antes um chefe da nação envolveu-se tão ferrenhamente na defesa de seu nome preferido. Outro, que as mulheres são o principal colégio eleitoral, com 70,3 milhões de votos, 5 milhões a mais que os homens. É intrigante, também, o crescimento do eleitorado no exterior: pelo mundo afora, vão votar hoje 200 mil brasileiros, 132% a mais do que em 2006.
Por fim, as eleições revelam um País que avança e se moderniza mas continua injusto e desigual. Em 61 cidades vai valer um moderno sistema de identificação biométrica dos eleitores. Mas, pelo Brasil afora, entre os que vão usá-lo, 64 milhões - pouco menos da metade - são analfabetos ou têm o 1.º grau incompleto.
Datafolha
Também o Datafolha mostrou indefinição sobre a realização de segundo turno. Em pesquisa realizada entre os dias 1º e 2, mostra Dilma com 50% contra 50% de todos os outros candidatos somados. Serra registra 31% e Marina, 17%. Foram entrevistadas 20.960 pessoas em 521 municípios. A sondagem foi encomendada pelo jornal 'Folha de S. Paulo' e pela Rede Globo.
A pesquisa está registrada TSE com o número 33493/2010.
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