Diretor da Central de Luto. Foto: Jaqueline Prestes/ AEN. |
O Governo do Paraná lançou na manhã desta terça-feira (19), durante a reunião semanal da Escola de Governo, no Museu Oscar Niemeyer, a Campanha Nacional de Doação de Órgãos. O anúncio foi feito pelo secretário da Saúde, Carlos Moreira Junior, que apresentou um balanço dos transplantes no Paraná.
“Estamos no caminho certo. A campanha tem uma função importante que é a de sensibilizar a população para que as pessoas manifestem para a família a vontade de doar seus órgãos. Só assim, conseguiremos zerar a fila de espera”, afirmou o governador Orlando Pessuti. De 2003 a 2009, o número de transplantes de órgãos aumentou em 63% e o número de córneas em 95%. Mas, segundo Moreira, ainda é preciso avançar mais.
O secretário explicou que a implantação das Organizações de Procura de Órgãos (OPOs) tem como objetivo ampliar a captação de órgãos e tecidos no Paraná. “São seis OPOs que vão servir de ponte entre as comissões internas dos hospitais e a Central de Transplantes, ajudando na identificação de possíveis doadores, na abordagem das famílias e na manutenção desses doadores até o transplante”.
As Organizações estão localizadas em hospitais das cidades de Curitiba, Região Metropolitana, Ponta Grossa, Cascavel, Londrina e Maringá. A distribuição delas é baseada na proporção de uma unidade para cada 2 milhões de habitantes, estabelecida pelo Plano Nacional de Implantação de OPOs, lançado em outubro de 2009 pelo Ministério da Saúde, por meio da Portaria 2.601.
“São unidades que, depois de instaladas, cobrirão todo o Paraná”, afirmou o secretário. Elas contarão com um médico coordenador, seis enfermeiros e dois funcionários para funções administrativas. Hoje, 3.835 pessoas estão na fila de espera por um órgão, das quais 2.635 estão ativas, ou seja, aptas para o transplante.
Os números, segundo o secretário, podem melhorar sobretudo em comparação aos estados vizinhos do Sul. Atualmente o número de transplantes de órgãos vitais está abaixo da média, segundo ele. Hoje, de cada três a quatro potenciais doadores, apenas um se converte em doação efetiva. “Além do problema da infraestrutura, que vamos resolver, muitas vezes a dificuldade na identificação da morte cerebral também contribui para que possíveis doadores sejam perdidos”, esclareceu.
Para isso, a Secretaria da Saúde comprou cinco Ecodopplers Transcranianos (ultra-som para avaliar o fluxo das artérias cerebrais) que facilitarão o diagnóstico da morte encefálica - um investimento de R$ 300 mil. Os aparelhos estão localizados em Curitiba (dois), Cascavel, Londrina e Maringá.
Além das OPOs, a Sesa firmou parceira com o Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços Funerários. “Essa parceira nos permitirá instalar uma sala de cirurgia na Central de Luto para identificar possíveis doadores e, de forma respeitosa e ética, entrar em contato com as famílias para que seja autorizada a doação”, explicou o secretário.
De acordo com o presidente do Sindicato, Gelcio Miguel Schibelbein, a parceria é inédita. “É a primeira vez que há uma iniciativa como esta em todo o Brasil. O secretário Moreira foi idealizador e se empenhou ao máximo para que saísse do papel esta ação”.
Recentemente, mais quatro hospitais obtiveram credenciamento junto ao Ministério da Saúde para a realização de transplantes. O Hospital Universitário de Londrina que foi credenciado para o transplante de medula óssea e de pele, o Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, para transplante de medula óssea, o Hospital de Olhos, também em Curitiba, que agora terá seu próprio banco de olhos, e o Hospital Evangélico de Curitiba credenciado para ao transplante de pele.
Ao todo, o Paraná conta hoje com 82 unidades credenciadas para a realização de transplantes e seis bancos de tecidos. A Sesa tem feito diversas mobilizações para a campanha como, por exemplo, a distribuição de cartilhas e folhetos em escolas explicando como é feita a doação de órgãos e missas, a veiculação de um vídeo institucional da campanha e missas, como a realizada na Igreja Nossa Senhora do Guadalupe, em Curitiba, no último dia 28 de setembro.
“Tenho muita fé que, com todas essas ações, vamos mudar o cenário de transplantes no Paraná. Tenho certeza de que seremos exemplo para o Brasil, principalmente com o Hospital do Trabalhador, que abrigará uma OPO, na busca de potenciais doadores. Quero dizer a todos que eu sou doador, com muito orgulho e com muito amor. Espero que vocês também sejam”, enfatizou Moreira.
Exemplos - Durante a Escola de Governo dois personagens estiveram presentes, cada um representando um dos lados da história. A mãe de um jovem doador de múltiplos órgãos, falecido em um acidente de moto, falou sobre a importância da doação e da decisão da família.
“Só de saber que meu filho está vivo em outras pessoas para mim já é um alivio. Embora ele não esteja de corpo aqui, tenho certeza que está de alma e que ficou muito feliz de devolver a vida a pessoas que tanto necessitavam de um órgão”, disse a mãe Cecília Britto Thedoro.
Do outro lado, o professor Luis Carlos de Domenico reforçou a importância da doação. Ele sentiu na pele o drama pela espera de um órgão e hoje leva uma vida normal com um fígado novo. “Para que a gente tenha um aumento no número de transplante é importante que as pessoas avisem a família e demonstrem a vontade de doar. Somente assim, faremos o bem maior que é salvar a vida de quem tanto precisa de um órgão”, disse.
“Estamos no caminho certo. A campanha tem uma função importante que é a de sensibilizar a população para que as pessoas manifestem para a família a vontade de doar seus órgãos. Só assim, conseguiremos zerar a fila de espera”, afirmou o governador Orlando Pessuti. De 2003 a 2009, o número de transplantes de órgãos aumentou em 63% e o número de córneas em 95%. Mas, segundo Moreira, ainda é preciso avançar mais.
O secretário explicou que a implantação das Organizações de Procura de Órgãos (OPOs) tem como objetivo ampliar a captação de órgãos e tecidos no Paraná. “São seis OPOs que vão servir de ponte entre as comissões internas dos hospitais e a Central de Transplantes, ajudando na identificação de possíveis doadores, na abordagem das famílias e na manutenção desses doadores até o transplante”.
As Organizações estão localizadas em hospitais das cidades de Curitiba, Região Metropolitana, Ponta Grossa, Cascavel, Londrina e Maringá. A distribuição delas é baseada na proporção de uma unidade para cada 2 milhões de habitantes, estabelecida pelo Plano Nacional de Implantação de OPOs, lançado em outubro de 2009 pelo Ministério da Saúde, por meio da Portaria 2.601.
“São unidades que, depois de instaladas, cobrirão todo o Paraná”, afirmou o secretário. Elas contarão com um médico coordenador, seis enfermeiros e dois funcionários para funções administrativas. Hoje, 3.835 pessoas estão na fila de espera por um órgão, das quais 2.635 estão ativas, ou seja, aptas para o transplante.
Os números, segundo o secretário, podem melhorar sobretudo em comparação aos estados vizinhos do Sul. Atualmente o número de transplantes de órgãos vitais está abaixo da média, segundo ele. Hoje, de cada três a quatro potenciais doadores, apenas um se converte em doação efetiva. “Além do problema da infraestrutura, que vamos resolver, muitas vezes a dificuldade na identificação da morte cerebral também contribui para que possíveis doadores sejam perdidos”, esclareceu.
Para isso, a Secretaria da Saúde comprou cinco Ecodopplers Transcranianos (ultra-som para avaliar o fluxo das artérias cerebrais) que facilitarão o diagnóstico da morte encefálica - um investimento de R$ 300 mil. Os aparelhos estão localizados em Curitiba (dois), Cascavel, Londrina e Maringá.
Além das OPOs, a Sesa firmou parceira com o Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços Funerários. “Essa parceira nos permitirá instalar uma sala de cirurgia na Central de Luto para identificar possíveis doadores e, de forma respeitosa e ética, entrar em contato com as famílias para que seja autorizada a doação”, explicou o secretário.
De acordo com o presidente do Sindicato, Gelcio Miguel Schibelbein, a parceria é inédita. “É a primeira vez que há uma iniciativa como esta em todo o Brasil. O secretário Moreira foi idealizador e se empenhou ao máximo para que saísse do papel esta ação”.
Recentemente, mais quatro hospitais obtiveram credenciamento junto ao Ministério da Saúde para a realização de transplantes. O Hospital Universitário de Londrina que foi credenciado para o transplante de medula óssea e de pele, o Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, para transplante de medula óssea, o Hospital de Olhos, também em Curitiba, que agora terá seu próprio banco de olhos, e o Hospital Evangélico de Curitiba credenciado para ao transplante de pele.
Ao todo, o Paraná conta hoje com 82 unidades credenciadas para a realização de transplantes e seis bancos de tecidos. A Sesa tem feito diversas mobilizações para a campanha como, por exemplo, a distribuição de cartilhas e folhetos em escolas explicando como é feita a doação de órgãos e missas, a veiculação de um vídeo institucional da campanha e missas, como a realizada na Igreja Nossa Senhora do Guadalupe, em Curitiba, no último dia 28 de setembro.
“Tenho muita fé que, com todas essas ações, vamos mudar o cenário de transplantes no Paraná. Tenho certeza de que seremos exemplo para o Brasil, principalmente com o Hospital do Trabalhador, que abrigará uma OPO, na busca de potenciais doadores. Quero dizer a todos que eu sou doador, com muito orgulho e com muito amor. Espero que vocês também sejam”, enfatizou Moreira.
Exemplos - Durante a Escola de Governo dois personagens estiveram presentes, cada um representando um dos lados da história. A mãe de um jovem doador de múltiplos órgãos, falecido em um acidente de moto, falou sobre a importância da doação e da decisão da família.
“Só de saber que meu filho está vivo em outras pessoas para mim já é um alivio. Embora ele não esteja de corpo aqui, tenho certeza que está de alma e que ficou muito feliz de devolver a vida a pessoas que tanto necessitavam de um órgão”, disse a mãe Cecília Britto Thedoro.
Do outro lado, o professor Luis Carlos de Domenico reforçou a importância da doação. Ele sentiu na pele o drama pela espera de um órgão e hoje leva uma vida normal com um fígado novo. “Para que a gente tenha um aumento no número de transplante é importante que as pessoas avisem a família e demonstrem a vontade de doar. Somente assim, faremos o bem maior que é salvar a vida de quem tanto precisa de um órgão”, disse.
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