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Cerca de 1200 garrafas de vinho serão leiloadas Foto: Divulgação |
Aproximadamente 1200 garrafas de vinho da adega pessoal de Edemar Cid Ferreira, principal controlador do Banco Santos, que teve a falência decretada em 2005, irão a leilão online no dia 24 de outubro, as 14h, após decisão judicial.
Segundo a empresa responsável pelo leilão, todas as garrafas estão armazenadas em adega climatizada, e a qualidade foi avaliada por perito especializado. No entanto, representantes de Cid Ferreira divulgaram nota nesta terça-feira afirmando que o perito verificou unidades com redução de nível de líquido, vazando e em início de deterioração.
Segundo a empresa responsável pelo leilão, todas as garrafas estão armazenadas em adega climatizada, e a qualidade foi avaliada por perito especializado. No entanto, representantes de Cid Ferreira divulgaram nota nesta terça-feira afirmando que o perito verificou unidades com redução de nível de líquido, vazando e em início de deterioração.
A má conservação teria sido o motivo de algumas preciosidades da coleção estarem estragando, segundo. No entanto, a afirmação foi rebatida pelo leiloeiro responsável, Renato Moisés. "Os vinhos foram avaliados por um perito judicial e foi examinada garrafa por garrafa. De todas, apenas uma foi retirada do leilão", disse.
"Obviamente uma garrafa ou outra possa estar oxidada, mas, no geral, os vinhos estão bons para o consumo. Coloração, estado da rolha e nível do liquido no gargalo foram avaliados como próprios para o consumo", garantiu o leiloeiro.
Os principais vinhos que farão parte do leilão online são: Chateau D'Yquem, Petrus, Chateau Lafite, Riechbourg, Echezaux, Vozne Romanée, Champagne Cristal, além de vinhos brancos, rosés, tintos, Vinhos do Porto, Sauternnes entre outros. Os lotes estão divididos por tipo de vinho e país. As garrafas vão de 375 ml até 6 l. Os interessados em participar do leilão devem se cadastrar no site www.canaljudicial.com.br/superbidjudicial até o dia 23 de outubro.
Gestão fraudulenta
Ferreira é ex-dono do Banco Santos e foi condenado por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e evasão de divisas durante a gestão do banco. Os crimes teriam levado a entidade à falência em 2005, com perdas de mais de R$ 1 bilhão. O processo que determinou a falência começou em 12 de novembro de 2004, quando o Banco Central fez uma intervenção no banco e um ano depois o liquidou.
Ainda no mesmo ano, o Banco Central ordenou o afastamento do banqueiro e de 18 diretores do controle do banco e designou um interventor da entidade. Na época, se determinou que os clientes só poderiam retirar R$ 20 mil de suas contas e o restante ficou retido à espera de uma solução.
Após a intervenção, foram descobertas irregularidades na concessão de empréstimos a empresas em dificuldades financeiras no Brasil em troca da compra de títulos e de investimentos em empresas localizadas em paraísos fiscais. O plano de recuperação não permitiu a reabertura das agências que o Banco Santos operava em 10 grandes cidades brasileiras e o Banco Central optou por declarar a liquidação da entidade
em 4 de maio de 2005.
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