Alemanha manteve
parte de suas reservas de ouro
no exterior por
temor de invasão soviética
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O Banco Central da
Alemanha anunciou nesta quarta-feira que vai repatriar quase 700 toneladas de
reservas em ouro mantidas em Nova York e Paris desde a Guerra Fria por temor de
que os soviéticos invadissem o país.
Até 2020, metade
das barras de ouro que pertencem ao Bundesbak estará em seus próprios cofres.
Atualmente a instituição guarda menos de um terço dessas reservas em solo
alemão.
As barras foram
originalmente retiradas da Alemanha como uma precaução contra uma potencial
invasão da então União Soviética.
Bancos centrais de
todo o mundo mantêm ouro no exterior para ser usado de forma rápida para
comprar moeda estrangeira em tempos de crise, mas no caso alemão a política
externa durante a Guerra Fria também influenciou a prática.
O Bundesbank
decidiu não ter mais reserva alguma em Paris, já que os dois países usam o
euro, e até o final da década reduzirá de 45% para 37% de suas reservas o
montante guardado em Nova York.
Atualmente 13% das
reservas alemãs se encontram em Londres, e este montante deve permanecer
intacto, disse o Bundesbank.
De acordo com o
correspondente da BBC em Berlim, Stephen Evans, o governo alemão foi criticado
por não manter uma fiscalização eficiente sobre suas reservas em ouro e chegou
a se cogitar que algumas das barras fossem falsas.
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