Máfia Cosa Nostra
ainda tem presença na Sicília,
mas já perdeu
força, avalia analista da BBC
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A prefeita de Corleone, cidade italiana
famosa por suas ligações com a máfia Cosa Nostra, pediu desculpas às vítimas do
crime organizado nesta terça-feira.
Lea Savona disse que a cidade não pertence
mais à máfia e pediu para que aqueles que ainda integram a organização se
entreguem às autoridades
Os comentários da prefeita chegam em meio à
celebração do aniversário da prisão do chefão da máfia, Toto Riina.
Ela disse que seu objetivo é obter um perdão
por todo o sangue derramado.
"Peço desculpas em nome de toda
Corleone, peço perdão pelo que foi pago com sangue", disse.
"À máfia, peço que saiam dessa terra, e
abandonem a luta. Peço que admitam a derrota e se entreguem com a consciência
de que esta terra, finalmente, um dia, será libertada", acrescentou.
Alan Johnston, analista da BBC em Roma,
avalia que embora a Cosa Nostra ainda tenha uma presença na cidade, que fica a
cerca de 60 quilômetros de Palermo, a capital da Sicília, já não tem mais a
mesma força.
Durante a cerimônia, na qual uma foi nomeada
em homenagem a um promotor que lutou contra a máfia, a prefeita também listou
os nomes de várias vítimas do crime, incluindo os promotores Giovanni Falcone e
Paolo Borselino, mortos em diferentes atentados a bomba em 1992.
Toto Riina, conhecido como "A
Besta", atualmente cumpre múltiplas sentenças de prisão perpétua após
liderar a facção da Cosa Nostra sediada em Corleone.
Ele foi o responsável pela campanha do grupo
contra máfias rivais e o governo italiano nos anos 1980 e 1990.
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