Por Celso Lungaretti, de São Paulo
Num encontro com empresários e estudiosos nesta 5ª feira, 3, o vice-presidente Michel Temer disse o óbvio ululante: será difícil Dilma Rousseff aguentar-se mais três anos na Presidência se seus índices de popularidade continuarem no fundo do poço.
Mas, tal rasgo de sinceridade é bem suspeito num político habitualmente comedido. Como se trata de reincidência –ainda está entalada na garganta de Dilma a afirmação de que o Brasil precisa de presidente capaz de unir o País–, tudo indica que Temer já esteja em campanha para herdar a cadeira.
Para que não reste dúvida, ele fez questão de reivindicar o mérito de ter sido responsável pelo fracasso da famigerada tentativa de exumação da CPMF.
A nova postura de Temer, distanciando-se do governo a olhos vistos, mais a decisão tomada por vários partidos de somarem forças para o impeachment, sinalizam que a partida se encaminha para o previsível final.
E, por favor, não culpem quem está apenas lançando mais luzes sobre um quadro facílimo de interpretar se o olharmos de forma realista e não com o passionalismo de torcedores de futebol.
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