Deflagrador do mensalão e condenado pelo STF por lavagem de dinheiro e corrupção passiva, o ex-deputado Roberto Jefferson fez uso de sua experiência política para aconselhar o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a renunciar ao cargo, de acordo com informações da coluna "Radar", da revista "Veja".
A conversa se deu por telefone, na semana passada. Inicialmente, Roberto Jefferson tentou dissuadir Cunha de aceitar a homenagem que recebeu da bancada parlamentar do PMDB como forma de desagravo aos ataques que o peemedebista vem sofrendo. Cunha foi convencido, mas voltou atrás e aceitou a homenagem. Resultado: no mesmo dia em que entrava para o quadro de líderes do partido, Cunha recebia uma sonora vaia transmitida ao vivo pelas emissoras de TV.
Segundo a coluna, a conversa evoluiu, então, para a possibilidade de renúncia de Cunha. Jefferson argumentou que a situação do peemedebista é grave, está insustentável e opinou que o deputado estaria esticando demais a corda.
"Eu já estive preso, sei como é aquele inferno. Você olha no olho do carcereiro e ele te dá um pescotapa”, relatou Jefferson e, depois de uma breve pausa, continuou: “Quero ver como você vai ficar se sua mulher e sua filha tiverem de passar por isso”.