Gilmar Mendes votou contra proposta de restringir ensino religioso nas escolas e ironizou ataques a nomes que simbolizem influência cristã no Brasil
O presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes. Foto: ABR |
Durante julgamento no Supremo Tribunal Federal a respeito da Ação Direta de Inconstitucionalidade em que a Procuradoria-Geral da República pede que o ensino religioso nas escolas seja de natureza não confessional - sem vinculação a uma religião específica -, nesta quinta-feira (21), o ministro Gilmar Mendes acabou "sugerindo" um novo nome para o Estado do Espírito Santo.
Ele votou pela improcedência da ação. Em determinado momento do voto, o ministro ironizou: "Em algum momento (vamos) chegar ao ponto de discutir a retirada da estátua do Cristo Redentor do morro do Corcovado, por simbolizar influência cristã em nosso país?".
"A alteração dos nomes dos Estados? São Paulo passaria a chamar Paulo? Santa Catarina passaria a chamar Catarina? Espírito Santo ... poderia se pensar num Espírito de Porco?".
Os ministros Luís Roberto Barroso, Rosa Weber e Luiz Fux votaram pela procedência da ação. Do outro lado ficaram Gilmar, Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski. O julgamento foi suspenso e será retomando na quarta-feira (27) com os votos dos ministros Marco Aurélio, Celso de Mello e Cármen Lúcia. Assim, até agora, o placar está 5 x 3 para permanecer tudo como está em relação ao ensino religioso nas escolas brasileiras.
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