Não permita que o racismo deixe a juventude negra para trás
No Brasil, sete em cada dez pessoas assassinadas são negras. Na faixa etária de a 29 anos, são cinco vidas perdidas para a violência a cada duas horas. De 2005 a 2015, enquanto a taxa de homicídios por 100 mil habitantes teve queda de 12% para os não-negros, entre os negros houve aumento de 18,2%.
A letalidade das pessoas negras vem aumentando e isto exige políticas com foco na superação das desigualdades raciais. Segundo pesquisa realizada pela Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) e pelo Senado Federal, 56% da população brasileira concorda com a afirmação de que “a morte violenta de um jovem negro choca menos a sociedade do que a morte de um jovem branco".
O dado revela como os brasileiros têm sido indiferentes a um problema que deveria ser de todos. A campanha quer chamar atenção para o fato de que cada perda é um prejuízo para o conjunto da sociedade.
Reafirmando o compromisso de implementação da Década Internacional de Afrodescendentes, o Sistema ONU Brasil lançou no Mês da Consciência Negra de 2017, a campanha nacional "Vidas Negras". A iniciativa busca ampliar, junto à sociedade, gestores públicos, sistema de Justiça, setor privado e movimentos sociais, a visibilidade do problema da violência contra a juventude negra no país.
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