S.A.R. Príncipe Dom Luiz de Bragança, chefe da Casa Imperial do Brasil emitiu nota de Falecimento de S.A.R. a Princesa Dona Izabel de Orleans e Bragança na madrugada deste dia 05 de Novembro de 2017.
S.A.R. Princesa Dona Izabel, irmã de Dom Luiz veio a falecer aos 73 anos de idade na cidade do Rio de Janeiro.
"Expressamos nosso profundo pesar pelo falecimento de S.A.R. Princesa Dona Izabel de Orleans e Bragança e nossa solidariedade a família Imperial Brasileira". (João de Bourbon)
Abaixo a nota de falecimento:
NOTA DE FALECIMENTO: S.A.R. A PRINCESA DONA ISABEL DE ORLEANS E BRAGANÇA
S.A.I.R. o Príncipe Dom Luiz de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil, consternado, comunica, em seu próprio nome, assim como no de seus irmãos, respectivos cônjuges, filhos e netos, bem como em nome de todos os demais familiares, o falecimento de sua muito querida irmã,
SUA ALTEZA REAL A PRINCESA DONA ISABEL DE ORLEANS E BRAGANÇA, que, hoje, 5 de novembro de 2017, no Rio de Janeiro, depois de uma vida plenamente realizada, aos 73 anos de idade, confortada com os sacramentos da Santa Igreja, Deus Nosso Senhor teve por bem chamar a Si.
A falecida era filha do Príncipe Dom Pedro Henrique de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil de 1921 a 1981, e da Princesa Consorte e Princesa Mãe do Brasil, Dona Maria da Baviera de Orleans e Bragança, além de bisneta homônima da Princesa Dona Isabel, a Redentora. À altura de seu passamento, ocupava a sexta posição na linha de sucessão ao Trono e à Coroa do Brasil.
As exéquias serão realizadas na cidade de Vassouras – RJ, hoje, dia 6 de novembro. Velório, a partir das 13 horas, na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, seguido de sepultamento no jazigo da Família Imperial, no Cemitério da Irmandade de Nossa Senhora da Conceição, às 15 horas.
A Princesa Dona Isabel Maria Josefa Henriqueta Francisca Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Orleans e Bragança nasceu no dia 5 de abril de 1944, em La Bourboule, região central da França, onde a Família Imperial Brasileira – exilada desde o golpe republicano de 15 de novembro de 1889 – se abrigou durante a fase mais dura da Segunda Guerra Mundial.
A Princesa Dona Isabel foi a quarta dos doze filhos do Príncipe Dom Pedro Henrique de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil, e da Princesa Consorte e Princesa Mãe do Brasil, Dona Maria da Baviera de Orleans e Bragança. Seus padrinhos foram a prima de seu pai, a Princesa Dona Isabel de Orleans e Bragança, Condessa de Paris, e seu marido, o Príncipe Henri de Orleans, Conde de Paris e Chefe da Casa Real da França.
Assim como os demais membros da Família Imperial nascidos no exílio, Sua Alteza foi registrada como cidadã brasileira, na representação diplomática do Brasil em Paris.
Neta do Príncipe Dom Luiz, cognominado o Príncipe Perfeito; bisneta homônima da Princesa Dona Isabel, a Redentora; trineta do Imperador Dom Pedro II e tetraneta do Imperador Dom Pedro I, a Princesa Dona Isabel descendia ainda dos Reis e Rainhas de Portugal, da Sereníssima Casa de Bragança.
Por seu bisavô, o Conde d’Eu, era descendente dos Reis da França, da Casa de Orleans, contando com São Luís IX e Hugo Capeto, eleito Rei dos Francos há mais de 1000 anos, entre seus ancestrais. Em suas veias também corria o sangue dos Reis da Baviera, das Duas Sicílias e da Espanha e dos Imperadores da Áustria e do Sacro Império, santos, cruzados, heróis de guerra e tantas outras figuras que construíram, sustentaram e defenderam a Civilização Cristã ao longo de um milênio.
Terminada a Segunda Guerra, a Princesa Dona Isabel, então com um ano de idade, embarcou para o Brasil, junto aos seus pais e irmãos, enfim encerrando o injusto exílio imposto à Família Imperial. Aqui chegando, viveram em casas no Rio de Janeiro e Petrópolis, até 1951, altura em que seu pai, tendo adquirido uma fazenda no norte do Paraná – à época, a grande fronteira agrícola do Brasil –, para lá se transferiu com todos os seus.
Em meio à vida no campo, o Chefe da Casa Imperial do Brasil e a Princesa Consorte transmitiram aos seus doze filhos os importantíssimos valores monárquicos e cristãos, educando-os de acordo com a noção de que, enquanto Príncipes e Princesas brasileiros e católicos, deveriam estar sempre prontos para servirem à Pátria e à Cristandade, em qualquer campo e a qualquer hora que isso lhes fosse pedido.
Em 1965, sentindo que deveria estar mais próximo dos grandes centros urbanos e dos acontecimentos políticos que iam se desenrolando no Brasil da época, e onde seus filhos poderiam ter acesso a uma melhor educação, o Chefe da Casa Imperial tornou a se mudar com os seus, indo viver em um pequeno sítio em Vassouras, no Estado do Rio de Janeiro.
Fluente em português, francês, alemão e inglês, a Princesa Dona Isabel iniciou seus estudos no Paraná, no Colégio da Imaculada Conceição, indo depois para o Colégio das Irmãs do Sacre-Coeur, no Rio de Janeiro. Em seguida, cursou Letras nas Universidades de Paris e de Munique, na Alemanha, concluindo o curso em 1966.
Retornando ao Brasil, passou a trabalhar como assistente social, lecionou para adultos no Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral) e atuou por muitos anos como Conselheira e Diretora da Cruz Vermelha do Brasil – seguindo, assim, o preceito de que os Príncipes e Princesas cristãos devem estar sempre a serviço dos pobres, doentes e desvalidos.
Atuou também em um escritório de turismo no Rio de Janeiro, pertencente a alguns de seus irmãos. Filha dedicada, a Princesa Dona Isabel, que se conservou solteira, cuidou de sua mãe – que, após enviuvar, em 1981, passou a usar o título de Princesa Mãe do Brasil – até o falecimento desta, em 2011.
No dia 13 de maio de 2006 – aniversário da assinatura da Lei Áurea por sua bisavó homônima –, a Princesa Dona Isabel foi agraciada com o título de Cidadã Honorária da Estado do Rio de Janeiro, concedido pela Assembléia Legislativa fluminense, em Sessão Solene realizada na Igreja da Imperial Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos, como forma de reconhecer o seu trabalho de toda uma vida em prol das obras caridade.
Sempre muito discreta e atenciosa, a Princesa Dona Isabel – que, à altura do seu passamento, ocupava a sexta posição na linha de sucessão ao Trono e à Coroa do Brasil – ocasionalmente representava a Família Imperial em eventos oficiais, sempre demonstrando a classe, a dignidade e a simplicidade tão características de todas as Princesas da Casa Imperial do Brasil.
Seu exemplo – de Princesa, de cristã devota e dedicada à caridade – certamente ficará marcado não só em seus familiares, mas também em todos os que a conheceram e naqueles que veem na Família Imperial o receptáculo natural dos melhores valores e tradições que fizeram a grandeza do Brasil no Império.
Pró Monarquia
S.A.R. A PRINCESA DONA ISABEL DE ORLEANS E BRAGANÇA (1944 – 2017)
A Princesa Dona Isabel Maria Josefa Henriqueta Francisca Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Orleans e Bragança nasceu no dia 5 de abril de 1944, em La Bourboule, região central da França, onde a Família Imperial Brasileira – exilada desde o golpe republicano de 15 de novembro de 1889 – se abrigou durante a fase mais dura da Segunda Guerra Mundial.
A Princesa Dona Isabel foi a quarta dos doze filhos do Príncipe Dom Pedro Henrique de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil, e da Princesa Consorte e Princesa Mãe do Brasil, Dona Maria da Baviera de Orleans e Bragança. Seus padrinhos foram a prima de seu pai, a Princesa Dona Isabel de Orleans e Bragança, Condessa de Paris, e seu marido, o Príncipe Henri de Orleans, Conde de Paris e Chefe da Casa Real da França.
Assim como os demais membros da Família Imperial nascidos no exílio, Sua Alteza foi registrada como cidadã brasileira, na representação diplomática do Brasil em Paris.
Neta do Príncipe Dom Luiz, cognominado o Príncipe Perfeito; bisneta homônima da Princesa Dona Isabel, a Redentora; trineta do Imperador Dom Pedro II e tetraneta do Imperador Dom Pedro I, a Princesa Dona Isabel descendia ainda dos Reis e Rainhas de Portugal, da Sereníssima Casa de Bragança.
Por seu bisavô, o Conde d’Eu, era descendente dos Reis da França, da Casa de Orleans, contando com São Luís IX e Hugo Capeto, eleito Rei dos Francos há mais de 1000 anos, entre seus ancestrais. Em suas veias também corria o sangue dos Reis da Baviera, das Duas Sicílias e da Espanha e dos Imperadores da Áustria e do Sacro Império, santos, cruzados, heróis de guerra e tantas outras figuras que construíram, sustentaram e defenderam a Civilização Cristã ao longo de um milênio.
Terminada a Segunda Guerra, a Princesa Dona Isabel, então com um ano de idade, embarcou para o Brasil, junto aos seus pais e irmãos, enfim encerrando o injusto exílio imposto à Família Imperial. Aqui chegando, viveram em casas no Rio de Janeiro e Petrópolis, até 1951, altura em que seu pai, tendo adquirido uma fazenda no norte do Paraná – à época, a grande fronteira agrícola do Brasil –, para lá se transferiu com todos os seus.
Em meio à vida no campo, o Chefe da Casa Imperial do Brasil e a Princesa Consorte transmitiram aos seus doze filhos os importantíssimos valores monárquicos e cristãos, educando-os de acordo com a noção de que, enquanto Príncipes e Princesas brasileiros e católicos, deveriam estar sempre prontos para servirem à Pátria e à Cristandade, em qualquer campo e a qualquer hora que isso lhes fosse pedido.
Em 1965, sentindo que deveria estar mais próximo dos grandes centros urbanos e dos acontecimentos políticos que iam se desenrolando no Brasil da época, e onde seus filhos poderiam ter acesso a uma melhor educação, o Chefe da Casa Imperial tornou a se mudar com os seus, indo viver em um pequeno sítio em Vassouras, no Estado do Rio de Janeiro.
Fluente em português, francês, alemão e inglês, a Princesa Dona Isabel iniciou seus estudos no Paraná, no Colégio da Imaculada Conceição, indo depois para o Colégio das Irmãs do Sacre-Coeur, no Rio de Janeiro. Em seguida, cursou Letras nas Universidades de Paris e de Munique, na Alemanha, concluindo o curso em 1966.
Retornando ao Brasil, passou a trabalhar como assistente social, lecionou para adultos no Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral) e atuou por muitos anos como Conselheira e Diretora da Cruz Vermelha do Brasil – seguindo, assim, o preceito de que os Príncipes e Princesas cristãos devem estar sempre a serviço dos pobres, doentes e desvalidos.
Atuou também em um escritório de turismo no Rio de Janeiro, pertencente a alguns de seus irmãos. Filha dedicada, a Princesa Dona Isabel, que se conservou solteira, cuidou de sua mãe – que, após enviuvar, em 1981, passou a usar o título de Princesa Mãe do Brasil – até o falecimento desta, em 2011.
No dia 13 de maio de 2006 – aniversário da assinatura da Lei Áurea por sua bisavó homônima –, a Princesa Dona Isabel foi agraciada com o título de Cidadã Honorária da Estado do Rio de Janeiro, concedido pela Assembléia Legislativa fluminense, em Sessão Solene realizada na Igreja da Imperial Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos, como forma de reconhecer o seu trabalho de toda uma vida em prol das obras caridade.
Sempre muito discreta e atenciosa, a Princesa Dona Isabel – que, à altura do seu passamento, ocupava a sexta posição na linha de sucessão ao Trono e à Coroa do Brasil – ocasionalmente representava a Família Imperial em eventos oficiais, sempre demonstrando a classe, a dignidade e a simplicidade tão características de todas as Princesas da Casa Imperial do Brasil.
Seu exemplo – de Princesa, de cristã devota e dedicada à caridade – certamente ficará marcado não só em seus familiares, mas também em todos os que a conheceram e naqueles que veem na Família Imperial o receptáculo natural dos melhores valores e tradições que fizeram a grandeza do Brasil no Império.
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