Henrique Meirelles diz não ver mudança de linguagem no documento.
Presidente do BC falou sobre ser citado como vice de Dilma.
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse nesta quinta-feira (25) que não houve mudança de linguagem ou de política do órgão na ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que define a taxa básica de juros do país, a Selic.
A ata da última reunião do Copom, divulgada nesta quinta, em que os juros foram mantidos em 8,75% ao ano, informou que já houve consenso entre os membros do comitê de que os juros devem subir.
"É normal que existam sempre motivos para que as pessoas comentem. Ou acham que a ata não foi suficientemente clara ou, agora, surpresa agradável, acham que foi clara o bastante", disse Meirelles. "A ata do nosso ponto de vista é sempre clara."
Para ele, não houve mudança na linguagem da ata. "Não há necessariamente nada além dos fatos. Existiu essa votação de 5 [diretores a favor da manutenção dos juros] a 3 [diretores favoráveis ao aumento da taxa em 0,5 ponto percentual]. É tão simples quanto isso", disse ele.
Candidatura
Meirelles não respondeu diretamente a comentários feitos pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, de que ele seria um bom candidato a vice-presidente na chapa de Dilma Rousseff, atual ministra da Casa Civil e pré-candidata do Partido dos Trabalhadores (PT) à presidência da República.
"Eu sempre me sinto muito honrado com comentários que façam me recomendando para qualquer posição", disse o presidente do BC. "Seja no Senado, seja no governo do Estado, deputado estadual, deputado federal, ou até em um cargo administrativo ou no setor privado", disse ele, sem citar a vice-presidência.
Meirelles falou em evento do lançamento da associação Brain (Brasil Investimentos e Negócios), iniciativa de órgãos como BM&FBovespa, Febraban e Anbima para estabelecer o Brasil como polo regional de negócios. "É possível, viável e já está dando certo", disse Meirelles sobre o projeto."Já recebo visitas de multinacionais que têm o Brasil como seu segundo ou terceiro maior mercado."
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