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A atração e a fixação de pesquisadores de todas as áreas do conhecimento é um dos maiores desafios que a ciência e tecnologia paranaense terá de enfrentar nos próximos anos na opinião dos diretores de dois institutos nacionais de C&T instalados no Estado, o INCT para a Saúde e o INCT de Fixação Biológica de Nitrogênio, Samuel Goldenberg e Fábio Pedrosa, respectivamente.
Chefe da Coordenadoria de Ciência e Tecnologia, José Tarcísio Pires Trindade |
O assunto foi discutido nesta sexta-feira (19), durante o IV Encontro de Ciência e Tecnologia do Paraná, que ocorreu simultaneamente às comemorações do aniversário de 10 anos da Fundação Araucária, entidade que promove o desenvolvimento científico e tecnológico do Estado.
Presidente da instituição Zeferino Perin. Foto: Joka Madruga/Seti |
Promovidos pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), os dois eventos, realizados no Cietep, em Curitiba, reuniram cerca de 300 pessoas, entre pesquisadores, professores e dirigentes de instituições de ensino superior e de C&T do Estado. Além de mesa de diálogos e de palestras também foi entregue o 24.° Prêmio de Ciência e Tecnologia, que, desde 2009, inclui a categoria de jornalismo científico. O diretor-geral da Secretaria, Álvaro Rychuv, e o presidente da Fundação Araucária, Zeferino Perin, abriram os eventos.
Rychuv representou o secretário Nildo Lübke e o governador Orlando Pessutti. “Esses eventos estão entre os mais importantes do Estado”, disse Rychuv, referindo-se ao trabalho dos pesquisadores das instituições estaduais de ensino superior. “É um momento de conexão e de visão estratégica para os próximos dez anos da Fundação Araucária” destacou Zeferino Perin.
Rychuv representou o secretário Nildo Lübke e o governador Orlando Pessutti. “Esses eventos estão entre os mais importantes do Estado”, disse Rychuv, referindo-se ao trabalho dos pesquisadores das instituições estaduais de ensino superior. “É um momento de conexão e de visão estratégica para os próximos dez anos da Fundação Araucária” destacou Zeferino Perin.
Pesquisador Samuel Goldenberg, da Fiocruz |
INSTITUTOS – Segundo o coordenador do Instituto Nacional de C&T para Diagnóstico em Saúde, Samuel Goldenberg, a principal meta da entidade é a autossuficiência em insumos e sistemas de diagnósticos para a saúde pública. “Queremos ficar livres das importações”, destacou. Ele lembrou que o setor de kits para diagnósticos de doenças como o HIV 1 e 2, as hepatites B e C, a sífilis e a doença de chagas, movimentam, no Brasil, cerca de 25 bilhões de dólares por ano. “O BNDES confirma saldo negativo de 200 milhões de dólares/ano nesse setor”, acrescentou.
O trabalho do INCT está voltado para a consolidação de novas tecnologias para diagnóstico de doenças causadas por microorganismos, entre elas a tecnologia dos microarranjos líquidos, que emprega nanotecnologia, entre outros recursos. Essas tecnologias poderão, futuramente, ser empregadas por países como a África. Goldenberg defendeu ainda a parceria e o trabalho científico em rede como forma de promover a ciência e a tecnologia.
AGRICULTURA – O coordenador de outro Instituto Nacional de C&T instalado no Paraná, o de Fixação Biológica de Nitrogênio – no total, no país, os INCTs somam 122 –, Fábio Pedrosa, também defendeu parcerias e a formação de recursos humanos como forma de promover o avanço da ciência e da tecnologia no Estado. “Já avançamos bastante em logística e em treinamento de recursos humanos”, salientou. “Mas é preciso atrair e fixar novos pesquisadores, além de mais recursos para a C&T”.
O trabalho do INCT está voltado para a consolidação de novas tecnologias para diagnóstico de doenças causadas por microorganismos, entre elas a tecnologia dos microarranjos líquidos, que emprega nanotecnologia, entre outros recursos. Essas tecnologias poderão, futuramente, ser empregadas por países como a África. Goldenberg defendeu ainda a parceria e o trabalho científico em rede como forma de promover a ciência e a tecnologia.
AGRICULTURA – O coordenador de outro Instituto Nacional de C&T instalado no Paraná, o de Fixação Biológica de Nitrogênio – no total, no país, os INCTs somam 122 –, Fábio Pedrosa, também defendeu parcerias e a formação de recursos humanos como forma de promover o avanço da ciência e da tecnologia no Estado. “Já avançamos bastante em logística e em treinamento de recursos humanos”, salientou. “Mas é preciso atrair e fixar novos pesquisadores, além de mais recursos para a C&T”.
Pesquisador Fábio de Oliveira Pedrosa, da UFPR |
Em sua palestra, Pedrosa explicou que o INCT para Fixação Biológica de Nitrogênio desenvolve pesquisas tecnologias que visam o aumento da produtividade agrícola por meio da utilização de bactérias fixadoras de nitrogênio, entre as culturas estão arroz, milho, trigo e cana-de-açúcar, a principal fonte de etanol no Brasil. Também desenvolve pesquisas relacionadas à interação planta-bactéria, ecologia molecular, e seleção de estirpes bacterianas fixadoras de nitrogênio e promotoras do crescimento vegetal e melhoramento de germoplasmas vegetais.
Secretário de Estado do Meio Ambiente Jorge Augusto Callado Afonso |
“O conhecimento gerado por esse instituto dará suporte ao desenvolvimento de tecnologias para aplicação de inoculantes e biofertilizantes na agricultura brasileira com redução de custos de produção, redução do impacto ambiental, aumento da competitividade dos produtos agropecuários brasileiros e ao aumento da renda do agricultor”, informou. O INCT de Fixação de Nitrogênio está sediado na Universidade Federal do Paraná. Os institutos nacionais de ciência e tecnologia estão vinculados ao Ministério da Ciência e Tecnologia.
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