O deputado Luiz Claudio Romanelli (PMDB) disse nesta sexta-feira (26) que apóia a ação civil pública do Ministério Público Federal (MPF) que pede a extensão da vacina contra a gripe A (H1N1) para toda a população do Paraná. “É uma questão de justiça. O Paraná foi o estado com maior incidência da Gripe A, onde os casos foram mais graves, e deve ter um tratamento diferenciado neste sentido”, disse Romanelli. A Associação Médica do Paraná também apóia a ação do MPF.
“A medida mais prudente do Ministério da Saúde é estender a vacinação para todos os paranaenses já que pelas contas da Secretaria Estadual de Saúde, metade da população - cinco milhões de pessoas - será vacinada”, completou.
EPIDEMIA - Em 2010, a Secretaria Estadual de Saúde já registrou 373 casos. Desde o início da epidemia, em abril de 2009, já foram confirmados outros 63 mil casos. Destes, 294 doentes tiveram complicações e morreram. As regiões com maior número de casos confirmados são Curitiba e região (15.577) Londrina (9.689), Maringá (7.848), Cascavel (4.575), Cornélio Procópio (3.699), Pato Branco (3.553) e Francisco Beltrão (3.457).
Durante a primeira semana da campanha de vacinação o Paraná vacinou 95.049 pessoas - 84.111 profissionais de saúde e 9.699 indígenas, o que representa respectiva 78% e 75% do total de ambos os públicos
Romanelli destacou que o Paraná investiu R$ 19,1 milhões em equipamentos, medicamentos e treinamento de profissionais da área médica e está preparado dar cobertura total da vacinação. “O Paraná é talvez o único Estado em condições de fazer com que vacina tenha cobertura total. Estamos preparados para isso”, disse.
MAIS DOSES - A ação ajuizada pelo MPF na quarta-feira (24) e distribuída para a 2ª Vara Federal de Curitiba solicita que tanto o Estado quanto a União devem adquirir as doses que faltam e, em caso de descumprimento, é pedida a aplicação de multa de R$ 500 mil por dia.
Na ação, o MPF diz que ao impedir o acesso de todas as pessoas à vacina, se nega o “direito à saúde” e também, “em última análise, o próprio direito à vida”. Eafirma que a União errou em excluir as faixas etárias entre 39 e 50 anos e também aqueles com idade entre 3 e 19 anos.
Segundo a ação, “a mortalidade em decorrência da pandemia, durante sua primeira onda, havida em 2009, atingiu, sobretudo, adultos sadios na faixa etária entre 39 e 50 anos e indivíduos jovens com idade inferior a 20 anos”. Sobre a possibilidade de compra, a ação diz que essa opção “somente será viável aos que têm condições Financeiras”
PANDEMIA - O mesmo posicionamento do MPF é das entidades médicas do Paraná. O presidente da Associação Médica do Paraná (AMP), José Fernando Macedo, diz que a vacina é o único meio de impedir a transmissibilidade da nova gripe e, consequentemente, de um novo surto da pandemia.
Em nota à imprensa, a Secretaria Estadual de Saúde diz que o “Paraná ainda discutirá com o Ministério da Saúde a possibilidade de ampliação da campanha de vacinação. Contudo, não quebrará protocolos e seguirá a determinação, que é nacional, para a vacinação”.
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