Foto Copel
O governador Orlando Pessuti empossou nesta terça-feira (27) a nova diretoria da Copel, que passa a ter como presidente o economista Ronald Thadeu Ravedutti, empregado de carreira da Companhia. Diante de uma platéia formada por mais de 300 empregados ativos e aposentados da Companhia, reunidos numa das sedes da Copel na Capital, Pessuti declarou sua confiança no sucesso do trabalho que será realizado pela diretoria empossada, com o apoio de todos os integrantes do quadro de empregados.
“A Copel mantém uma política de tarifas socialmente justa e distribui eletricidade a cerca de 1 milhão de paranaenses que dela precisam mas não podem pagar, mas ainda assim ela é uma empresa superavitária e vai buscar novos espaços, disputar novos espaços na geração, transmissão e distribuição de energia”, informou. “Temos uma empresa que é referência no setor elétrico e não podemos nos acomodar nem nos acovardar de ofertar cada vez mais energia, energia limpa ao Brasil. Nós temos que fazer em favor do Brasil o que fazemos em favor do Paraná”.
SAGRADO - Pessuti também destacou a importância do trabalho realizado pela Copel e enalteceu “a grandeza do passado da empresa, que deve ser sempre valorizado” por ter profunda vinculação com a história e o desenvolvimento do Estado. “Estamos num lugar que deveria ser considerado até sagrado, porque a Copel faz parte da vida do Paraná”, afirmou o governador. “Reconhecemos a grandiosidade desta Companhia, que começou pela vontade e determinação de um homem incansável e brilhante, o professor e ex-governador Parigot de Souza, e depois seguiu crescendo na gestão de tantos outros governantes como Ney Braga, Paulo Pimentel, José Richa e Roberto Requião”.
Ao final, o governador rememorou o episódio da votação pela Assembléia Legislativa do projeto de lei de iniciativa popular que visava impedir a privatização da Copel. Na ocasião, Pessuti era deputado estadual e defendeu a aprovação da medida que acabou sendo negada por um voto de diferença. “Quantos de vocês não estavam conosco em agosto [14 de agosto de 2001, data da sessão em que foi votado o projeto], quando lutamos e literalmente brigamos para que a Copel continuasse a pertencer ao povo do Paraná?”, lembrou. “Nessa época, para tristeza de todos nós que defendemos os ideais paranistas, a Copel era publicamente enxovalhada e tratada como empresa deficitária, condenada a desaparecer, sem condição nem competência para competir. Percorremos um longo caminho e, hoje, podemos vir aqui e dizer de peito aberto, com o rosto alegre, que a Copel nos orgulha e que seu trabalho honra o Paraná”.
OBJETIVOS - No seu pronunciamento de posse, o novo presidente Ronald Ravedutti referiu-se ao programa de investimentos deste ano – de R$ 1,3 bilhão – como “o maior em toda a história da Companhia” e alinhou os principais objetivos da sua gestão: simplificar e tornar mais ágil o atendimento à população, investir em tecnologia para melhorar os serviços prestados ao público e reduzir custos e, ainda, buscar novos investimentos em geração e transmissão de energia elétrica.
“Não podemos permanecer assistindo o gradativo e contínuo declínio da contribuição da Copel na oferta de eletricidade do país”, afirmou o presidente. “Precisamos recuperar nossa condição histórica de grande empresa geradora e transmissora de energia elétrica”. Para isso, Ravedutti disse que a Copel irá estudar “com o máximo interesse” a viabilidade de participar de novos empreendimentos de geração e transmissão que venham a ser colocados em disputa pela Aneel. “E atendendo aos nossos compromissos com a sustentabilidade e com o equilíbrio ambiental, vamos também prospectar oportunidades no aproveitamento de fontes alternativas – como as PCHs, as usinas eólicas e a produção de eletricidade a partir da biomassa”, complementou.
SIMPLIFICAÇÃO - Aos 3,6 milhões de clientes atendidos pela Copel no Estado, Ravedutti anunciou boas novidades. “No interesse do consumidor, vamos simplificar os procedimentos comerciais para tornar o atendimento mais ágil e reduzir o tempo de espera, mas sem comprometer os requisitos da legislação, de segurança ou de qualidade dos serviços”, prometeu. Além disso, o novo presidente comprometeu-se a abrir uma nova unidade de atendimento ao público em cidades paranaenses por semana. “E para reforçar a disponibilidade de eletricidade com melhoria nos níveis de qualidade do fornecimento, vamos agregar ao sistema elétrico estadual uma nova subestação transformadora a cada mês”, concluiu.
Juntamente com Ronald Ravedutti, que sucede na presidência a Rubens Ghilardi, que por cinco anos comandou a Companhia, foram empossados nesta terça-feira Vlademir Santo Daleffe como diretor de Distribuição (em substituição a Ravedutti), Regina Maria Bueno Bacellar como diretora Jurídica (em lugar de Paulo Roberto Trompczynski), Rafael Iatauro como diretor de Finanças, Relações com Investidores e Controle de Participações, Luiz Antonio Rossafa como diretor de Administração (sucedendo a Rubens Ghilardi, que ocupava cumulativamente o cargo) e Edson Sardeto como diretor de Engenharia (em lugar de Luiz Antonio Rossafa).
Permanecem em seus cargos a diretora de Meio Ambiente e Cidadania Corporativa, Marlene Zannin e o diretor de Geração e Transmsissão de Energia e de Telecomunicações, Raul Munhoz Neto.
Postar um comentário
Obrigado pela participação.