Nesta sexta-feira, dia 20 de agosto, empresários do setor debatem, em Londrina, temas como a capacitação da mão de obra, desafios do setor e prestigiam o lançamento oficial da CINTEC
Líderes dos seis Arranjos Produtivos Locais (APLs) de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) do Paraná reúnem-se em Londrina, nesta sexta-feira, 20 de agosto, para debater estratégias voltadas ao associativismo e os desafios da capacitação de mão de obra para o setor. Os APLs de TIC estão localizados nas regiões de Curitiba, Ponta Grossa, Londrina, Maringá, sudoeste e oeste do Estado. O encontro acontece entre 14 e 18 horas, na regional do Sebrae/PR em Londrina, que fica na Avenida Santos Dumont, 1.335.
Logo após, os representantes das empresas de TIC participam do lançamento da Central de Inovação, Desenvolvimento e Negócios Tecnológicos (CINTEC), a primeira central de negócios do setor, atualmente no Brasil. A cerimônia de lançamento da CINTEC acontece às 19h30, no Fábrica 1, situado na Rua Juiz de Fora, 22, em Londrina. Na ocasião, os empresários presentes conhecerão as oportunidades de negócios que podem ser concretizadas por meio da CINTEC e receberão informações sobre as formas de adesão à central de negócios.
A CINTEC foi idealizada para aumentar a competitividade das empresas participantes, promover e ampliar o acesso a mercados e fortalecer o poder de enfrentamento da concorrência. A central de negócios foi fundada pelas empresas Arandu Sistemas, Audare Informática, CDS Informática, Consystem Consultoria, E M Moraes ERAKIS Tecnologia em Sistemas, Forlogic Software, GELT Tecnologia e Sistemas, Guenka Desenvolvimento de Software, Infoecia Desenvolvimento de Sistemas, Lidaweb Tecnologia e Sistemas e Softcenter Sistemas e Informática. Estima-se que, juntas, as empresas faturam em média R$ 20 milhões.
O consultor do Sebrae/PR em Londrina, Joel Franzim Junior, analisa que o fato da CINTEC ser a primeira central de negócios do setor traz grandes desafios e oportunidades. Os empresários perceberam que quanto mais cooperam, mais competitivos se tornam. Formalmente unidos, vão fortalecer o poder de compras, compartilhar recursos, combinar competências, dividir o ônus das pesquisas tecnológicas, partilhar riscos e custos para explorar novas oportunidades e oferecer produtos e serviços com qualidade superior e diversificada, aponta Joel Franzim.
A estrutura organizacional da CINTEC é composta por um Conselho de Administração, um diretor-geral, um coordenador-geral, um coordenador administrativo-financeiro, um gestor comercial e de marketing e um secretário. Os fundadores instituíram também um Conselho Fiscal e de Ética para tratar de assuntos relacionados aos valores e princípios da entidade recém-criada. O período de gestão da diretoria eleita é o biênio 2010-2012.
O levantamento de indicadores, o alinhamento das expectativas dos participantes, a elaboração de um plano de negócios e de projetos para investimentos em pesquisa e tecnologia são os próximos passos da CINTEC, explica o coordenador-geral da entidade, Lúcio Kamiji.
Além das compras conjuntas, planejamos compartilhar carteira de clientes e oferta de soluções de forma coletiva. Outra possibilidade é a implantação de uma central de serviços comum, para realizar serviços de contabilidade, impostos e rotinas do departamento fiscal, folha de pagamento e pessoal, rotinas do departamento financeiro e controladoria, que hoje são efetuados individualmente, assinala.
Primeiros resultados
O diretor da Softcenter e associado da CINTEC, Carlos Kasuya, mostra que os resultados da central de negócios beneficiam não apenas os empresários. O resultado alcançado pela minha empresa na negociação do vale-alimentação foi uma redução de custo de 80%. O custo por colaborador passou de R$ 4,50 para R$ 0,50. Em relação ao convênio odontológico, reduzimos o valor em 25% e passamos a ofertar um plano superior. Essas ações beneficiaram, em média, 280 colaboradores das empresas envolvidas, diz.
Por meio da CINTEC, respondemos a um edital do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), que disponibiliza recursos para implantação de uma residência em software. Sendo aprovado, o projeto vai favorecer as empresas associadas, as em fase de incubação e outras empresas do setor, gerando uma contribuição para toda a sociedade, evidencia Carlos Kasuya.
Representatividade
Em 2005, algumas empresas paranaenses se uniram em arranjos produtivos, como forma de trocar informações, investir em capacitação e construir um ambiente favorável para a implantação de políticas públicas que promovam a competitividade do setor. Atualmente, os seis APLs do Estado são considerados exemplos de sucesso e firmam o Paraná como um forte polo nacional de desenvolvimento de software e serviços de TI, reunindo cerca de 300 empresas, sendo a maioria de pequeno porte, gerando cerca de 10 mil empregos diretos e indiretos e faturando, juntas, em média, R$ 285 milhões ao ano.
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