A presidente eleita Dilma Rousseff, em seu primeiro pronunciamento após o resultados das urnas, disse que chegou a ficar triste com algumas notícias divulgadas pela imprensa durante a campanha, mas que pretende zelar pela mais ampla liberdade de imprensa. Ela ressaltou que é “naturalmente amante da liberdade” por ter lutado contra a ditadura militar.
“Não nego a você que, por vezes, algumas das coisas difundidas me deixaram triste. Mas quem como eu lutou pela democracia e pelo direito de livre opinião arriscando a vida, quem como eu e tantos outros que não estão mais entre nós, dedicamos toda a nossa juventude ao direito de expressão, nós somos naturalmente amantes da liberdade. Disse e repito que prefiro o barulho da imprensa livre ao silêncio”, disse.
Durante a campanha, por várias vezes, Dilma reclamou de reportagens e de denúncias apócrifas que circularam na internet com temas polêmicos de fundo religioso. Hoje (31), Dilma ressaltou que o papel da imprensa é fundamental para a democracia e que as críticas ajudam a perceber eventuais erros. “As críticas da imprensa livre ajudam o país, são essenciais aos governos democráticos, apontando erros e trazendo o necessário contraditório”.
Dilma disse que assume o compromisso com os direitos humanos e com as liberdades religiosas. “Assumo o compromisso de valorizar a democracia em toda sua dimensão, desde o direito de opinião e expressão até os direitos essenciais da alimentação, do emprego e da renda, da moradia digna e da paz social. Zelarei pela mais ampla e irrestrita liberdade de imprensa. Zelarei pela mais ampla liberdade religiosa e de culto. Zelarei pela observação criteriosa e permanente dos direitos humanos tão claramente consagrados em nossa constituição. Zelarei, enfim, pela nossa Constituição, dever maior da Presidência da República”.
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