Em mensagens pelo twitter ao deputado federal Fernando Gabeira, do partido Verde, Rio de Janeiro, o ex-presidente da Cohapar, Rafael Greca, lembrou que é possível mudar o destino das pessoas que vivem em áreas de risco. Ele lembrou que a tragédia ocorrida no Morro do Bumba, em Niterói, poderia ter acontecido em Curitiba, no antigo depósito de lixo da Cidade Industrial de Curitiba, se não fosse a ação da Prefeitura de Curitiba para realocar as pessoas em um novo bairro.
O deslizamento do Morro do Bumba, antigo depósito de lixo que virou área de ocupação irregular, pode ter sido provocado por uma explosão ocorrida quando o gás metano do lixão entrou em contato com a atmosfera movendo a terra que já estava debilitada pelo acúmulo de água da chuva, informou a secretaria Estadual do Ambiente do Rio. Até sexta-feira (09), às 17 horas, o boletim do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro informou que foram encontrados os corpos de 107 pessoas que estavam nas casas do Morro do Bumba.
“Em Curitiba, em 1995, começava uma ocupação irregular na área do antigo depósito de lixo da avenida Juscelino kubitschek, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC). Fui com a minha equipe ao local mostrar às pessoas o risco de explosão. Cheguei a fritar um ovo na chama que acendi com um fósforo no gás metano que saía do chão do depósito de lixo. O povo ficou convencido de que devia mudar dali: do lixão da JK para o Bairro Novo, que começou com 800 famílias realocadas” , conta Greca, que foi prefeito de Curitiba entre 1993 a 1997.
O Bairro Novo hoje tem mais de 40 mil pessoas morando com toda a infraestrutura necessária, como saneamento, rede elétrica, casas, coleta de lixo, equipamentos públicos e o único hospital municipal de Curitiba construído quando Greca foi prefeito. Como presidente da Cohapar (Companhia de Habitação do Paraná), Rafael Greca continuou o trabalho de criação de novos bairros. Na Grande Curitiba, a Companhia constroi 3.155 casas, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para realocar pessoas de áreas de risco.
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